“Exortamo-vos,
também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados,
ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos.” ( I Tes 5.14)
“E
compadecei-vos de alguns que estão na dúvida; salvai-os, arrebatando-os do
fogo; quanto a outros, sede também compassivos em temor, detestando até a roupa
contaminada pela carne.” (Jud
1.22,23)
“Irmãos, se
alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com
espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Levai as
cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.” (Gál
6.1,2)
Eis aí, a norma bíblica expressada em poucas passagens, dentre muitas,
baseadas no ensino de nosso Senhor Jesus Cristo quanto ao dever de se amparar
os que são fracos no Seu corpo, em vez de criticá-los, condená-los, excluí-los,
ou de se proceder em relação a eles de algum modo diferente do que é ordenado
por Deus.
Nisto
reside a grande dificuldade de muitos, que considerando-se melhores ou mais
espirituais do que os que são fracos, desanimados, que têm até mesmo dúvida
acerca da sua salvação, tornam-se incapazes de cumprir o mandamento da
misericórdia, da longanimidade e do amor, em razão de um exagerado zelo pela santidade
de Deus, que lhes torna intolerantes com as fraquezas que observam em seus
irmãos na fé.
Mesmo quando há real motivo para a aplicação de correção, a norma é que
se faça isto com espírito de brandura, e com a disposição de amparar e carregar
as cargas dos que estão fracos; porque é nisto que se cumpre a lei de Cristo
relativa ao amor mútuo. Quão
difícil é se aprender isto!
Quão intolerantes somos por natureza, e necessitados de aprender a viver de um
modo não afetado, que não nos leve a julgar e condenar os faltosos, e sim a
ajudá-los.
O corpo de Cristo é composto por uma minoria de pessoas que são chamadas por
Ele para assumirem grandes responsabilidades, mas isto é feito segundo a medida
de fé, e segundo a capacidade de cada um. A estes muito será cobrado por Deus,
em razão do muito que lhes foi dado.
Todavia,
aos que são fracos, que estão desanimados, que estão na dúvida, por que pouco
têm recebido de dons, capacitações e serviços espirituais, da parte de Deus,
pouco também lhes será cobrado, porque o Senhor é misericordioso e justo, e o
seu jugo é leve e suave.
Muitos
estão sofrendo porque se sentem inadequados em relação ao corpo de fiéis em sua
congregação, por julgarem que não estão sendo obedientes em relação às suas
obrigações relativas à obra de Deus.
Mas, se não foram chamados por Ele para ministrarem ao corpo, não deveriam ser
cobrados, e nem sequer se sentirem condenados.
Por exemplo, não são poucas as mulheres que foram chamadas a serem
apenas boas esposas e mães, cuidando de seus lares e educando seus filhos a
andarem no caminho do Senhor. Não foram chamadas para ministrarem ao corpo como
professoras de classes de estudo ou para qualquer outra forma de ministração. Não
deveriam portanto se sentirem acusadas, conforme costuma ocorrer, a ponto de
perderem a alegria e a paz, no Senhor.
Não devemos ultrapassar o que está escrito na Palavra. Ao contrário, devemos
ter a sabedoria de reconhecer que há muitos membros no corpo de Cristo e que
nem todos têm a mesma função.
Não podemos criar sequer expectativas além daquilo que tiver sido
determinado por Deus, que reparte dons,
capacitações e serviços, a cada um, para o que for útil, segundo a Sua
exclusiva soberania.
Não desejemos
portanto ver todos no mesmo nível de espiritualidade, em cada congregação
local.
Onde estaria o fraco para nos exercitarmos na prática do amor e da
longanimidade?
Cheguemos à sensatez de não somente conhecer, mas de aplicar na prática, em
nossa convivência cristã, a necessidade de vivermos em harmonia e em paz com
todos aqueles que foram recebidos por Deus como filhos amados.
Se o Senhor Jesus os tem recebido, quem será mais poderoso do que Ele para
rejeitá-los?
Pr. Silvio Dutra
Por Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/
Graça e Paz
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