Jesus nos diz especificamente: “Como
Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho
do Homem três dias e três noites no seio da terra” (Mateus 12.40).
Os Evangelhos também nos contam que Jesus morreu no dia anterior ao
sábado — sexta-feira— e ressuscitou no dia depois do sábado — domingo. Como solucionamos essa
aparente contradição?
Primeiro,
na cultura judaica, qualquer parte de um dia é considerado uma unidade
dia/noite. Assim, não há necessidade de exigir que setenta e duas horas sejam
contadas. Isso fica particularmente claro à luz da própria afirmação de Jesus,
de que Ele ressurgiria no terceiro dia, não depois que o terceiro dia e noite
tivessem terminado (Mateus 16.21; 17.23; 20.19; Lucas 24.46; Mateus 26.61;
27.40; 27.63-64).
Além disso, os Evangelhos unanimemente declaram que Jesus morreu no Dia
de Preparação, isto é, na sexta-feira, dia que conduz ao começo do sábado no
por-do-sol (Mateus 27.62; Marcos 15.42; Lucas 23.54; João 19.31,42).
Os escritores dos Evangelhos demonstram semelhante unanimidade em
relação ao descobrimento da ressurreição de Jesus de manhã cedo no dia seguinte
ao sábado; ou seja, no domingo, o primeiro dia da semana (Mateus 28.1; Marcos
16.1; Lucas 24.1; João 20.1). Portanto,
sugerir — como alguns têm feito — que Jesus morreu na quartafeira e
ressuscitou no sábado ou morreu na quinta-feira e ressuscitou no domingo
contradiz o testemunho dos quatro Evangelhos.
A
morte sacrificial e a milagrosa ressurreição no terceiro dia são o glorioso
cumprimento arquetípico de tipos do Antigo Testamento.
Por fim, uma vez que o conhecimento de modos culturalmente antigos, de
expressão oral e literária, substituem uma ingênua interpretação literal, a
majestosa harmonia das Escrituras é ressaltada. Na verdade, a morte sacrificial e a
milagrosa ressurreição no terceiro dia são o glorioso cumprimento arquetípico
de tipos do Antigo Testamento, incluindo o cordeiro pascal (Êxodo 12; cf.
1Coríntios 5.7), a preservação de Jonas por “três dias e três
noites” (Jonas 1.17) e a restauração de Israel “no terceiro
dia” profetizado por Oseias (Hebreus 6.2).
“E
disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao
terceiro dia, ressuscitasse dos mortos” (Lucas 24.46).
Pr. Hank Hanegraaff
Por Litrazini
Graça e Paz
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