“E o Verbo se fez carne, e
habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai,
cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14- Almeida CF).
“Deus nunca foi visto por alguém.
O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou” (Jo 1.18).
“Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo
3.16).
“Pela fé ofereceu Abraão a
Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o
seu unigênito” (Hb 11.17).
Nisto se
manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao
mundo, para que por ele vivamos” (1 Jo 4.9).
UNIGÊNITO
(monogenes) é usado cinco vezes, todas nos escritos do apóstolo João, acerca de
Jesus como o Filho de Deus; em Hb 11.17 é traduzido por “unigênito”, sobre a
relação de Isaque com Abraão.
Com referência a Jesus, a frase “o Unigênito do Pai” (Jo 1.14), indica
que, como o Filho de Deus, Ele era o representante exclusivo do Ser e caráter
daquele que o enviou. No
original, o artigo definido está omitido tanto antes de “Unigênito” quanto
antes de “Pai”, e sua ausência em cada caso serve para enfatizar as
características referidas nos termos usados.
O objeto do apóstolo João é demonstrar que tipo de glória ele e seus
companheiros apóstolos tinham visto. Sabemos que ele não está fazendo somente uma comparação
com as relações terrenas, pela indicação da preposição para, que significa “de,
proveniente de”.
A glória era de uma relação única e a palavra “Unigênito” não implica um
começo de Sua filiação. Sugere,
de fato, a relação, mas esta deve ser distinguida da geração conforme é
aplicada aos homens. Podemos apenas entender corretamente o termo “unigênito”
quando usado para se referir ao Filho, no sentido de relação não originada. “A
geração não é um evento no tempo, embora distante, mas um fato independente do
tempo.
O Cristo não se tornou, mas necessariamente é o Filho. Ele, uma Pessoa, possui os
atributos da deidade pura. Isto torna necessária a eternidade, o ser absoluto;
sobre este aspecto Ele não é `depois´ do Pai” (Moule). A expressão também
sugere o pensamento de afeto mais profundo, como no caso da palavra hebraica
yachid, traduzida no Antigo Testamento por “único” (Gn 22.2,12; Pv 4.3; Jr
6.26; Am 8.10); “unigênito” (Zc 12.10) e “predileta” (Sl 22.20; 35.17).
Em Jo 1.18, a cláusula “O Filho
unigênito, que está no seio do Pai”, expressa Sua união eterna com o Pai na
deidade e a intimidade e o amor inefáveis entre eles, o Filho tomando parte em
todas as deliberações do Pai e desfrutando de todos os Seus afetos. Outra leitura é monogenes
theos, “Deus Unigênito”.
Em Jo 3.16, a declaração: “Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito”, não deve ser
considerado que signifique que Jesus se tornou Filho Unigênito na encarnação. O valor e a grandeza do dom
acham-se na filiação daquele que foi dado. Sua filiação não era o efeito de Ele
ser dado.
Em Jo 3.18, a frase: “O nome do
unigênito Filho de Deus”, põe a ênfase na plena revelação do caráter e da
vontade de Deus, o Seu amor e graça, conforme são transmitidos no nome daquele
que, estando numa relação sem igual com Ele, foi dado por Ele como o objeto de
fé.
Em 1 Jo 4.9, a declaração: “Deus
enviou seu Filho unigênito ao mundo”, não quer dizer que Deus enviou ao
mundo aquele que ao nascer em Belém se tornaria Seu Filho. Contraste com a
declaração paralela encontrada em Gl 4.6: “Deus
enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho”, o que não pode
significar que Deus enviou aquele que se tornou Seu Espírito quando Ele o
enviou “
(Dicionário W.E.Vine) / Pr. Airton Evangelista da Costa
Por Litrazini
Graça
e Paz
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