Tem
gente que pensa que ciúme é tempero de casamento, e que por isso mesmo, não é
em si, mesmo, perigoso ou prejudicial... Aliás, há uma passagem na Bíblia
Sagrada que revela que Deus trata de seus filhos com ciúmes (Tiago 4:5). Bom,
então o ciúme não deve ser uma coisa ruim, não é mesmo? Depende da origem do
ciúme.
Os
ciúmes por insegurança são mais observados nas mulheres. Tem medo de perder o
marido. O cônjuge é tratado como uma âncora ou bóia, sem a qual morreria
afogada. E que por isso mesmo, se agarra com unhas e dentes com insano medo de
perdê-la.
Medo
de ser abandonada, desprezada, trocada por outra... Medo da humilhação de não
ter um homem só seu... Então, esse medo faz a mulher agir de forma que causa
constrangimentos, sofrimentos, dores... e a ruptura do relacionamento. Algo
como se segurasse uma coisa com tanta força em suas mãos que ela escapasse
através dos dedos...
Os
ciúmes por sentimento de posse são mais observados nos homens. A sua arrogância
os fazem tratar o cônjuge como uma propriedade qualquer cujo egoísmo não deixa
ser vista ou tocada por outrem. Um animal valioso, ou uma obra de arte de
grande valor que podem ser danificados (é meu e ninguém tasca!).
É
comum vermos os dois tipos de ciúmes concomitantemente em algumas pessoas.
Tratam o cônjuge como coisa preciosa e tem medo de perdê-la. E não somente em
relação aos cônjuges, mas também aos filhos, amigos, clientes, irmãos. Como se
fosse dono de tudo, e não pudesse perdê-los. Mas como perder o que não lhes
pertence?
O
ciúme de que trata a Bíblia é oriunda do sentimento de propriedade. Propriedade
no sentido de ser próprio, ser parte de um todo de forma indivisível. Tal e
qual nossos braços ou mãos são nossa propriedade, e jamais poderíamos dispor
deles. Jamais poderíamos dá-los ou emprestá-los a outrem. Posse é coisa,
propriedade é parte integrante. Somos parte de Deus pelo seu Espírito que em
nós habita; se é que em nós habita...
A
enorme diferença entre os ciúmes de Deus e os ciúmes humanos, é que Deus nos dá
a liberdade de errarmos. Não nos tranca num quarto, não nos espanca, não grita,
nem xinga, não exige satisfação de todos os nossos atos, e não nos impede de
andarmos sozinhos pelas ruas, ou de sair pela noite para ver a cidade, e tomar
um refrigerante no bar da esquina.
As
pessoas que a quem amamos (ou pelo menos pensamos que amamos) não nos
pertencem. Muito pelo contrário. Nós é que pertencemos às pessoas que amamos.
Quando amamos realmente alguém somos capazes de deixar que ela seja feliz,
mesmo... que seja ao lado de outro alguém.
Os
ciúmes de Deus são pelo sentimento de PROPRIEDADE e não pelo medo ou sentimento
de posse. Deus não tem medo de nos perder.
Há
pessoas que acham que a melhor maneira de lutar nesta área é resistir este
inimigo, mas o conselho bíblico é bem diferente. Não fala de enfrentar ou
resistir, mas sim de fugir! Paulo, escrevendo a Timóteo, disse: “Foge também das paixões da mocidade”.
II Timóteo 2:22
Quando
José se encontrou em dificuldades de resistir os apelos da mulher de Potifar a
melhor saída que ele encontrou foi correr! Ela não representava uma ameaça
física a José; não podia violenta-lo...o único perigo que José viu foi em si
mesmo, na sua carne e desejos. Mas não lidou com o problema de nenhuma outra
forma a não ser fugir.
Fuja
das ofertas do pecado e conserve-se em santidade ao Senhor. Além da benção
presente, saiba que haverá um galardão e recompensa para aquele que
vencer.Quando o apóstolo Paulo escreveu aos coríntios, advertindo-os quanto ao
perigo deste pecado deu o mesmo conselho: “Fugi
da prostituição” (I Co.6:18).
Sempre
que a Bíblia fala sobre este pecado, ensina a mesma saída. Portanto, siga este
conselho! Que o Senhor o conduza a um viver vitorioso de santidade...
Transcrito Por Litrazini
Graça e Paz
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