“Admira-me que estejais passando tão
depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual
não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o
evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos
pregue evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema” (Gl 1.6-8).
O
evangelho é a maior e melhor notícia que o homem pode ouvir. Essa mensagem não
emana da terra, vem do céu. Não procede do homem, mas de Deus. Suas origens
recuam à eternidade. Suas consequências desdobram-se para dentro da eternidade.
O
apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, fala acerca desse verdadeiro
evangelho ao mesmo tempo que denuncia o falso evangelho.
Em
sua carta aos Gálatas, o grito altissonante da liberdade cristã, o apóstolo dos
gentios trata desse magno assunto. Essa missiva foi a primeira epístola escrita
pelo apóstolo Paulo. Escreveu-a para combater a influência perigosa dos
judaizantes que atacavam a fé cristã e perturbavam a igreja.
Os
judaizantes tentaram levar os gentios convertidos de volta para o Judaísmo.
Diziam para eles que se não se circuncidassem e se não guardassem os preceitos
da lei de Moisés jamais poderiam ser salvos (At 15.1,5). Diziam que só a fé em
Jesus não era suficiente para a salvação. Acrescentavam à fé em Cristo, as
obras da lei.
Os
judaizantes pregavam uma espécie de sinergismo, a cooperação do homem com Deus
para sua salvação. Porém, o que ensinavam pervertia completamente a essência do
evangelho. O ensino insofismável das Escrituras é que somos salvos pela graça,
mediante a fé, e isso não vem de nós; é dom de Deus.
Os
crentes gentios, mormente os da província da Galácia, influenciados por esses
falsos mestres, estavam passando depressa para outro evangelho, um evangelho
diferente, falso, humanista, um outro evangelho. Não era um outro evangelho da
mesma substância, mas um outro evangelho completamente oposto ao verdadeiro
evangelho.
Não
podemos acrescentar nada à obra completa de Cristo. Não somos salvos pelas
obras da lei nem podemos cooperar com Deus em nossa salvação. A salvação vem de
Deus. Ele a planejou na eternidade, executa-a no tempo e a consumará na segunda
vinda de Cristo.
O
evangelho é a boa nova de Deus acerca dessa salvação. O evangelho trata da
encarnação, vida, obra, morte e ressurreição de Cristo.
Somos
salvos não por aquilo que fazemos para Deus, mas por aquilo que Deus fez por
nós em Cristo Jesus. Somos salvos não pelo caminho que abrimos da terra ao céu,
mas pelo novo e vivo caminho que foi aberto para nós do céu à terra. Essa é a
mensagem do verdadeiro evangelho.
Qualquer
outro evangelho, que nos venha por uma suposta revelação angelical ou mesmo por
uma suposta pregação apostólica, que divirja do já revelado evangelho, o
evangelho da graça, deve ser rechaçado peremptoriamente.
O
verdadeiro evangelho não aceita novas revelações. O cânon das Escrituras não
está aberto para novos acréscimos. A Bíblia tem uma capa ulterior. Não temos
que buscar novas revelações forâneas às Escrituras; precisamos nos voltar sempre
para o antigo evangelho, o evangelho da graça.
Nossa
fé não está construída sobre essas inovações engendradas no enganoso coração do
homem, mas está firmada na eterna, infalível, inerrante e suficiente palavra de
Deus. Apeguemo-nos ao verdadeiro evangelho e rejeitemos o falso evangelho!
Rev.
Hernandes Dias Lopes
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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