Jesus
subira com Pedro, Tiago e João para um alto monte, a fim de orar. Lá ele foi
transfigurado na presença deles. Mesmo vendo milagres no topo dessa montanha,
os discípulos não oraram. Por isso, estavam desprovidos de entendimento. Não
compreenderam a centralidade da pessoa nem da missão de Jesus.
Em
vez de se deleitarem em Deus, passaram a ter medo dele. Os discípulos que
ficaram no sopé do monte também não oraram. Em vez de fazerem a obra,
discutiram com os escribas, os maiores opositores de Jesus.
A
apologética é necessária quando se trata da defesa da fé, mas apenas discutir a
obra em vez de fazer a obra é uma perda de foco e um perigo ameaçador para a
igreja.
No
vale, enquanto os discípulos discutem com os escribas, um pai aflito busca
ajuda para seu filho endemoninhado. Esse homem recorre aos discípulos, mas eles
não puderam libertar o seu filho.
Em
vez de orar e libertar os cativos, eles estavam gastando toda a sua energia
numa discussão infrutífera. Em vez de socorrer os aflitos e fazer a obra,
estavam discutindo a obra com os inimigos da obra.
Enquanto
a igreja se distrai, discutindo a obra ano após ano, no conforto do templo, o
diabo age destruindo famílias.
Aquele
jovem endemoninhado era jogado na água, no fogo e na terra por uma casta de
demônios e isso desde sua infância. Havia um grande sofrimento naquela família.
A esperança de encontrar nos discípulos de Jesus uma saída para esse drama
fracassou. Eles estavam sem poder. Tinham perdido o foco. Estavam gastando todo
o tempo discutindo a obra em vez de fazer a obra.
Enquanto
os discípulos discutem, as multidões perecem, os cativos não são libertos e os
demônios não são confrontados.
Oh,
como esse fato deveria nos despertar! Gastamos muito tempo discutindo nossas
doutrinas, defendendo nossos posicionamentos, combatendo nossos opositores, mas
investimos muito pouco tempo fazendo a obra de Deus. Por isso, o crescimento da
igreja é tão inexpressivo.
Não
adianta apenas dizer que temos uma boa doutrina. Que a palavra de Deus é
poderosa! Que a semente tem vida em si mesma! Que ela é irresistível! Essa
semente só vai frutificar se nós a semearmos.
Não
basta apenas defender o evangelho. Importa também pregá-lo no poder do Espírito
Santo. A fé vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus.
Há
igrejas que estão ficando desidratadas de tanto de discutir. Sempre teremos
mais um assunto novo para discutir ou se nos falta um novo assunto, repisamos
os antigos. Essa agenda nunca se esgotará. Enquanto ficarmos agarrados com
essas discussões inócuas, a igreja não terá resposta para o mundo aflito e
atormentado pelas hordas demoníacas.
Quando
aquele pai aflito buscou a Jesus e o informou que seus discípulos não puderam
libertar seu filho, Jesus soltou uma exclamação de dor: “Oh, geração incrédula e perversa, até quando vos suportarei?”.
A
falta de poder na igreja causa dor no coração do nosso Salvador. Jesus, então,
libertou o menino e o devolveu a seu pai. O mal foi vencido. As trevas foram
derrotadas. O evangelho prevaleceu.
A
falta de poder na igreja impede os cativos de serem libertos. A falta de poder
na igreja é um entrave para o seu crescimento.
É
tempo de avaliarmos nosso coração, nossa vida, nossa agenda, nossa igreja. É
tempo de sairmos da arena da discussão, para o campo da ação. É tempo de
fazermos a obra em vez de apenas discutir sobre a obra. É tempo de orar e
jejuar. É tempo de buscarmos o poder do Espírito Santo. É tempo de sermos uma
igreja viva e operosa, que leva a esperança da salvação para fora de seus
portões!
Hernandes
Dias Lopes
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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