Ouçam, meus amados irmãos: Não escolheu Deus os que são pobres aos
olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele prometeu aos
que o amam? (Tiago
2.5)
Ao
ler este versículo, você pode se questionar: “O que? Todos os cristãos precisam
viver em completa pobreza sem possuir coisa alguma? Nós precisamos nos desfazer
de toda a nossa honra, prestígio e poder? Pessoas prósperas (como proprietários
de negócios e oficiais do governo) devem vender todas as suas posses e ceder
sua autoridade para comprar um pedaço do céu do pobre?”.
A
resposta é não. A Bíblia não diz que uma pessoa pode comprar o céu do pobre,
mas que ela deve ser contada entre os pobres, sendo espiritualmente pobre.
Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres
em espírito, pois deles é o Reino dos céus” (Mt 5.3).
As
pequenas palavras em espírito mostram que a pobreza auto imposta não
traz a bênção de Deus. Ter dinheiro, possuir propriedades ou empregar
trabalhadores não são ações más por si só. Elas são dádivas de Deus e fazem
parte do modo como ele ordenou a nossa sociedade. Ninguém é abençoado
simplesmente por ser um mendigo. No versículo acima, Jesus fala sobre ser
espiritualmente pobre – ou pobre em espírito.
O
mundo não pode continuar funcionando sem dinheiro, respeito às autoridades,
propriedades e servos. Um senhor ou príncipe não pode ser pobre e cumprir as
suas responsabilidades. Ele precisa ter os recursos necessários para
desempenhar as suas tarefas oficiais.
Assim,
a ideia de que devemos viver em pobreza é incorreta. O mundo não poderia
continuar funcionando se todos fossem pedintes, sem possuir sequer um centavo.
Nós não poderíamos sustentar nossas famílias e empregados se não tivéssemos
dinheiro algum.
Resumindo,
ser financeiramente pobre não é a resposta. Portanto, fique satisfeito com o
que Deus der a você, seja pobreza ou prosperidade.
Entretanto,
pode ter certeza disto: cada um de nós deve se tornar espiritualmente pobre
diante de Deus.
Retirado
de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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