A
realidade de um Deus comprometido. O Natal é, pois, o cumprimento das promessas
de Isaias sobre a vinda de um menino, redentor. Hebreus 6:17-20
Aceito
como data do nascimento de Jesus o dia 25 de dezembro tem sido objeto das
maiores comemorações ao longo de séculos, tanto no mundo ocidental como também
em países orientais. Independente de ser essa a data real do evento, seu valor
transcende, em muito, a prática de festas, presentes e outras ações que, na
realidade, poderiam ter lugar em qualquer data do ano.
Avaliando,
todavia, a luz da Palavra, qual seria a principal data a ser comemorada no
cristianismo, certamente não obteríamos como resposta válida o Natal. Tal
constatação tem como base o conceito apresentado por Paulo, que nos mostra que
toda a realização de Cristo, até mesmo a sua morte de cruz, se perderia na
história, engolfadas pelos feitos de grandes heróis, se por acaso Ele não
tivesse ressuscitado:
“E, se não há
ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou”. “E, se Cristo não
ressuscitou logo é vã a nossa pregação, e também é vã a nossa fé”... “E se
Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé, e ainda permaneceis nos vossos
pecados”. “E também os que dormiram em Cristo estão perdidos”. (I Cor 15: 14-19).
Certíssimo
estava Paulo ao tecer tais considerações, pois Jesus morreu por nossos pecados
e tomou o poder da morte e do inferno, uma vez que estávamos condenados pelo
salário do erro, que é a morte (Rm 6:23).
Mas
sua vitória a nosso favor se identifica no fato de que ele não ficou no túmulo,
como queria o diabo, que até providenciou uma pedra sobre a sepultura e guardas
a porta (Mt 27: 57-66), mas ressurgiu, após ter libertado aqueles que estavam
no inferno, em cadeias (I Pe 3: 18-22).
“Mas também por nós, a
quem será tomado em conta; os que cremos naquele que dos mortos, ressuscitou a
Jesus nosso Senhor”. “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou
para a nossa justificação”. (Romanos 4; 24-25).
É
tal a importância desse fato que nós, que temos que morrer uma vez (Hb 9:27),
esperamos a ressurreição para estar para sempre com o Senhor. “Bem aventurados aqueles que tem parte na
primeira ressurreição: sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão
sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos”. (Ap 20:6). (I
Ts 4;16; Hb 11;35;Fp 3;11; Rm 6:5; Ef 4;6; II Cor 5;15)
“Porque, se crermos que
Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os
tornará a trazer com ele”. (I Ts 4:14).
A
morte e o inferno que ameaçavam o homem, desde o pecado de Adão (Gn 2:17),
foram derrotados pela volta a vida de Jesus: “Mas assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma
vivente; o último Adão (Jesus) em espírito vivificante”... “E agora digo isto,
irmãos que a carne e o sangue não podem herdar o reino de deus, nem a corrupção
herda a incorrupção”. “E, quando isto que é corruptível se revestir da
incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então
cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória”. “Onde
está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, o inferno, a tua vitória”. “Ora o
aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei”. “Mas graças a Deus
que nos dá vitória por nosso Senhor Jesus Cristo”. (I Cor 15:45-57).
Ora,
diante de tão avantajada justificativa, de que a ressurreição é o efetivo marco
da nossa redenção, não estaria, então, prejudicada a consideração relativa ao
nascimento de Jesus? A resposta é um sonoro NÃO!
Para
que melhor entendamos isso, devemos voltar a promessa de Deus para Adão e Eva
após o seu pecado, que os expulsou do paraíso, mas que não os excluiu do amor e
da compaixão divina: “E porei inimizade
entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente: está te feri a
cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. (Gn 3:15).
A
serpente, ou o diabo, seria esmagado, não por uma força espiritual intangível,
mas sim pela semente da mulher: um homem.
Ressurgir
é uma condição que somente pode ser aplicada para alguém que morreu e a morte
somente pode atingir aquele que tem a condição humana. Espíritos não morrem.
Pr.
Elcio Lourenço
Transcrito
Por Litrazini
Graça
e Paz
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