“Eu, porém, esperarei
no Senhor; esperei no Deus da minha salvação” Mq 7:7
O
verso acima, retirado do livro do profeta Miquéias, transmite um estado de
confiança constante. Foi pronunciado em um tempo em que Israel, estava sendo
invadida pela crença nos deuses de Samaria, os lugares altos repletos de
sacrifícios pagãos. Miquéias então, profundamente consternado com a degeneração
da nação, escolhe continuar servindo e acreditando que somente o Senhor Jeová
seria Seu Refúgio e Fortaleza. Triste, abatido, mas cheio de esperança: “Ai de mim! Porque estou como quando são
colhidas as frutas de verão, como os rabiscos da vindima: não há cachos de uvas
para comer, nem figos temporãos que a minha alma desejou... Eu, porém,
esperarei no Senhor, esperei no Deus da minha salvação” Mq. 7:1-7.
Quando
os frutos são colhidos dos pés é para serem devorados. São desprendidos dos
seus galhos e perdem todo o contato com o ambiente de sustentação. Assim se
sentia Miqueias. Solitário, prestes a ser devorado de tanta tristeza, porque
seu lugar de morada, já não era o mesmo. Por todos os lados, havia pecado,
deuses estranhos e pessoas enganadas e incrédulas. Miqueias, porém guardou o
coração.
A palavra “esperar” no verso inicial do texto, pode ser traduzida como
“Yachal”: "esperar, ser paciente, permanecer com esperança”. E esperança,
pode ser traduzida como “tiqvah”, cujo significado original é: “esticar como
uma corda”. A prostituta Raabe foi instruída a pendurar uma “tiqvah” na porta
de sua casa para que a morte não chegasse até sua família.
Esperança,
portanto é essa Corda que nos sustenta – não somos nós que sustentamos a corda-
é ela que nos sustenta.
Equipes
de salvamento são treinadas para resgate com cordas de maneira que o resgatado
esteja inteiramente seguro sem fazer esforços, visto que nesses casos é comum a
falta de força física e desmaios por parte do resgatado.
O
profeta Miquéias estava a dizer que mesmo que todos se entregassem à morte por
cultuarem deuses estranhos, ele permaneceria entregue a “tiqvah”, a
“corda" que o sustentaria. Deus não o deixaria perecer em meio aquele mar
de desgraças. Do alto, a todo e qualquer momento, o resgate chegaria: a nação
ouviria a voz Daquele que os amava, apesar da infidelidade. No coração do
profeta, essa esperança estava viva, ele era o grito de socorro aos céus,
também o que fora escolhido para resgatar vidas naquele lugar.
A
“tiqvah” sempre me traz alegria. Ela é essa “corda” que alça o homem de seu
estado de morte e o transporta à vida. Essa Corda que nos torna confiantes em
todo o tempo, sabendo que do alto vem o socorro. Essa “tiqvah" não tem
limites, ela se estende até os limites do impossível e busca feridos nos
lugares mais profundos de miséria e dor:
“Eu, porém, esperarei no Senhor, no Deus da minha salvação” Mq 7:7.
Deus
é o que mantem em nós a viva esperança de livramento e vitória. Ele é socorro,
é ânimo. Ele é a Corda e ao mesmo tempo o Resgate. Permaneçamos com os olhos e
o coração voltados para Ele, é de lá que vem nosso socorro: "O meu socorro vem do Senhor que fez o
céu e a terra" Sl 121:2. Que assim seja para mim e para você.
Wilma Rejane
Por
Litrazini
Graça
e Paz
Nenhum comentário:
Postar um comentário