Quem
não perdoa, está preso. Lemos em Mateus 18.34: “E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que
pagasse toda a dívida”. A palavra verdugo significa “torturador”. Além de
preso, aquele homem seria torturado como forma de punição. A prática do
ministério nos revela que o que Jesus falou em figura nesta parábola é uma
realidade espiritual na vida de quem não perdoa.
Os
demônios amarram a vida daqueles que retém o perdão. Suas torturas aplicadas
são as mais diversas: angústia e depressão, enfermidades, debilidade física,
etc.
Muita
gente tem sofrido com a falta de perdão. Outro dia ouvi alguém dizendo que o
ressentimento é o mesmo que você tomar diariamente um pouco de veneno,
esperando que quem te magoou venha a morrer. A falta de perdão produz dano
maior em quem está ferido do que naquele que feriu. Por isso sempre digo a quem
precisa perdoar: – “Já não basta o primeiro sofrimento, porque acrescentar um
outro maior (a mágoa)”?
Alguns
acham que o perdão é um benefício para o ofensor. Porém, eu digo que o
benefício maior não é o que foi dado ao ofensor, mas sim o que o perdão produz
na vítima, naquele que está ferido. Sem perdão não há cura. A doença interior
só se complica, e a saúde espiritual, emocional e física da pessoa ressentida é
seriamente afetada.
Em
outra porção das Escrituras (onde o contexto dos versículos anteriores é o
perdão), vemos o Senhor Jesus nos advertindo do mesmo perigo:
“Entra em acordo sem
demora com teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o
adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e sejas
recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não
pagares o último centavo”. (Mateus 5.25,26)
Não
sei exatamente como é está prisão, mas sei que Cristo não estava brincando
quando falou dela. A falta de perdão me prende e pode prender a vida de mais
alguém. Isto é um fato comprovado. Tenho presenciado gente que esteve presa por
tantos anos, e ao decidir perdoar foi imediatamente livre. Isto também pode
acontecer com você, basta decidir perdoar.
SEGUINDO O
EXEMPLO DIVINO
Como
deve ser o perdão? A pessoa tem que pedir o perdão ou merecê-lo para poder ser
perdoada? Não. Devemos perdoar como Deus nos perdoou: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos,
perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou”. (Efésios
4.32)
O
texto bíblico diz
que
nosso perdão e reconciliação horizontal deve seguir o exemplo da que Deus em
Jesus praticou para conosco. Então, basta perguntar: – “Fizemos por merecer o
perdão de Deus? Não. Então nosso ofensor também não precisa fazer por merecer”.
O
perdão é um ato de misericórdia, de compaixão. Nada tem a ver com merecimento.
O apóstolo Paulo falou aos efésios que o perdão é fruto de um coração
compassivo e benigno. O perdão flui da benignidade do nosso coração, e não por
haver ou não benignidade no ofensor.
Jesus
disse que se eu souber que alguém tem algo contra mim, devo procurá-lo para
tentar a reconciliação. Mesmo se tal pessoa não me procurar ou nem mesmo quiser
falar comigo, tenho que ter a iniciativa, tenho que tentar. Deus ofereceu
perdão gratuito a todos, independentemente de qualquer comportamento, e Ele é
nosso exemplo!
Pr.
Luciano Subira
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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