E que nos tirou do
poder das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado; em quem
temos a redenção, a saber, a remissão dos pecados; o qual é imagem do Deus invisível, o
primogênito de toda a criação; porque
nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades; tudo foi criado por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas,
e nele subsistem todas as coisas; também
ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio, o primogênito dentre os
mortos, para que em tudo tenha a preeminência, porque aprouve a Deus que nele
habitasse toda a plenitude: Cl 1:13-19
Nos
versos treze a dezenove do primeiro capítulo da Carta aos Colossenses, Paulo
nos apresenta uma maravilhosa exposição sobre a Pessoa de Cristo. Neste texto,
somos informados da singularidade de Sua Pessoa:
Ele
é nosso Redentor e nosso Libertador, mas também é a Imagem do Deus Invisível, o
Primogênito de toda a criação; nEle e por Ele foram criadas todas as coisas,
sendo sustentador e tudo.
Paulo
revela-nos, ainda, que Jesus é a Cabeça da Igreja e o Primogênito de entre os
mortos. NEle, reside toda plenitude da Divindade.
Vejamos,
portanto, quão profundas e preciosas são as informações sobre a Pessoa de
Cristo neste trecho tão especial de Colossenses.
JESUS, O
NOSSO REDENTOR
Um
dos grandes objetivos do apóstolo Paulo nos versos treze a dezenove do primeiro
capítulo de Colossenses é revelar-nos coisas especiais sobre a Pessoa de
Cristo. E ele o faz, com o objetivo de nos mostrar que a singularidade do
Senhor Jesus é o fundamento para uma vida debaixo do Seu senhorio.
Para
o apóstolo, trata-se de uma compreensão essencial. Isto quer dizer que é
absolutamente necessário que compreendamos bem o fato de que Jesus Cristo é o
Senhor e que nós devemos nos submeter a Ele. Segundo Paulo, isto é fundamental
para uma vida cristã bem sucedida. Sem esta compreensão não poderá sequer haver
vida cristã no seu verdadeiro sentido!
A
primeira grande informação que encontramos no texto que pretendemos analisar é
de que Jesus é nosso Redentor: "Ele
nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do
Seu amor, no Qual temos a redenção, a remissão dos pecados." (Cl
1:13-14, na ARA, com grifos nossos).
Duas
observações precisam ser analisadas aqui. A primeira delas é que o Senhor Jesus
realizou uma obra de trasladação, ou seja, uma mudança de lado. No original
grego, encontramos aqui o verbo methístemi, "transpor",
"transferir", "remover de um lugar para outro". Este é um
aspecto fundamental na vida cristã: Paulo está nos dizendo que Jesus nos
arrancou do império das trevas e da morte e nos transferiu, por assim dizer,
nos removeu para o Seu Reino. Exatamente por esta causa é que Ele operou a
nossa Redenção.
Na
língua do NT, encontramos o substantivo apolútrosis, "uma libertação
efetuada pelo pagamento de um resgate", que por sua vez origina-se de
outro substantivo, lútron, "o preço de redenção", "o resgate
pago pelos escravos cativos", "o resgate da vida". Segundo
Paulo, foi exatamente isto que Jesus operou em nosso favor: Ele pagou com o Seu
sangue o preço de nossa libertação, tornando-se, assim, nosso Redentor e
Senhor.
Paulo
ainda nos informa que recebemos a Remissão de nossos pecados. No grego temos o
substantivo áphesis, "livramento da escravidão ou prisão",
"remissão ou perdão de pecados", "remissão da penalidade".
Além de termos sido resgatados, somos livres da escravidão e da penalidade, a
fim de podermos viver em novidade de vida (cf. 1Co 5:17).
É
exatamente isto que sugere o substantivo áphesis: nossa situação muda tão
radicalmente que é como se nossos pecados nunca tivessem sido cometidos. Uma
realidade sobre a qual Isaías havia falado sete séculos antes: "Assim diz o Senhor, o que preparou no mar
um caminho, e nas águas impetuosas uma vereda; Eu, eu mesmo, sou o que apago as
tuas transgressões por amor de Mim, e dos teus pecados não Me lembro."
(Is 43:16,25, na ACF, com grifos nossos).
O
Senhor Jesus é a perfeita representação de Deus.
Uma
revelação importantíssima, pois Ele não é apenas e simplesmente um homem
divinizado ou um deus humanizado. Mas o próprio Deus que Se fez carne e habitou
entre nós (cf. Jo 1:14), morreu por nossos pecados (cf. Rm 5:6), ressuscitou
dentre os mortos (cf. 1Co 15:20), subiu aos céus (At 1:2), intercede por nós
(Hb 7:25) e um dia voltará para nos levar para Si (Jo 14:3).
Verdades
tão profundas que alteram a "rotina" tanto da terra, quanto dos céus!
Lázaro
Soares de Assis
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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