O Reino de Deus é semelhante a um homem que lança a semente sobre a
terra. Noite e dia, estando ele dormindo ou acordado, a semente germina e
cresce… por si própria. (Marcos 4.26-28)
Se
seguirmos a cronologia do Evangelho de Marcos, a parábola da semente que
germina e cresce foi uma das primeiras.
Naquele
tempo o reino era extremamente pequeno e consistia apenas de algumas poucas
pessoas que tinham ouvido Jesus pregar o evangelho e respondido à sua
convocação.
Essa
parábola, portanto, tinha como objetivo tranquilizar seus seguidores e
trazer-lhes encorajamento quando a disseminação do reino parecesse lenta.
Em
alguns aspectos importantes, o reino cresce como crescem as plantas. Um
agricultor espalha a semente e, no tempo devido, quando o grão amadurece, ele
maneja sua foice e faz a sua colheita.
Entre
o tempo da semeadura e o da ceifa, no entanto, ele não faz praticamente nada.
Se ele dormir ou se ficar acordado, não faz nenhuma diferença, pois, de uma
forma ou de outra, a semente brota e cresce.
Como
é na natureza, assim é no reino de Deus. O reino tem crescido através dos anos
em proporções enormes, mas o seu princípio de crescimento permanece o mesmo.
Primeiro,
o reino cresce irreprimivelmente. Ninguém pode deter seu
desenvolvimento, pois uma força oculta está em atividade, fazendo “primeiro o
talo, depois a espiga e, então, o grão cheio na espiga” (v. 28).
Segundo,
o reino cresce imperceptivelmente. Não podemos
observá-lo acontecendo. E ele continua crescendo a despeito de nossa
observação.
Terceiro,
o reino cresce espontaneamente. Não podemos contribuir para o seu
processo oculto de crescimento. A terra produz os grãos “por si própria” (v.
28). A palavra grega é automaté. Não, é claro, que o
processo seja literalmente automático, pois é por meio da operação secreta do
Espírito Santo que o reino cresce. A obra é dele, não nossa.
E dizia: O reino de
Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra. E dormisse, e se
levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo
ele como. Porque a terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a
espiga, por último o grão cheio na espiga. E, quando já o fruto se mostra,
mete-se-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa. Marcos 4.26-29
Retirado
de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
Transcrito
Por Litrazini
Graça
e Paz
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