O
Espírito Santo é uma pessoa da Trindade, e como tal Ele é Deus e possui os
atributos da divindade.
A
Bíblia é o nosso tira-teima. Muitos confiam na palavra dos gurus, dos líderes
religiosos que se dizem ungidos e senhores da verdade. Mas a Bíblia nos ensina
em quem devemos confiar. Façamos como fizeram os bereanos. Eles examinaram se o
que Paulo e Silas ensinavam estava conforme as Escrituras (At 17.9-11).
“Disse então Pedro:
Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito
Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Por que formaste este desígnio
em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3-4).
Afinal,
Ananias mentiu ao Espírito Santo ou a Deus? Se o Espírito Santo fosse uma força
ou uma energia de Deus, não caberia a repreensão de Pedro.
Ninguém
mente a uma coisa, a uma força ou poder. Como também não mentimos a um jumento
ou a um tijolo. Pessoas mentem a pessoas.
Ao
dizer que Ananias mentiu ao Espírito e, em seguida, ao afirmar que mentiu a
Deus, o apóstolo fez uma declaração explícita da divindade do Espírito. Não
teria sentido Pedro dizer que Ananias mentiu ao “poder de Deus” e depois dizer
que “mentiu a Deus”. Na verdade, assim como o Filho e o Pai são um (Jo 10.30),
o Espírito e o Pai são um. Os três são um.
“A
doutrina da Trindade não afirma que as três pessoas estão unidas numa pessoa,
ou três seres num só ser, ou três deuses num só Deus (triteísmo); nem, por
outro lado, que Deus simplesmente se manifesta em três diferentes modos
(trindade modal, ou de manifestações); mas, ao invés disso, que há três eternas
distinções na substância de Deus.
A
doutrina da igreja sobre a Trindade afirma que há em Deus três hipóstases
distintas ou subsistências – Pai, Filho e Espírito Santo – cada um possuindo
uma única e mesma natureza divina embora de maneira diferente. Os pontos
essenciais são:
1)
a unidade da essência;
2)
a realidade das distinções imanentes ou ontológicas. Há um Deus; Pai, Filho e
Espírito Santo são este Deus uno; há esta distinção entre Pai, Filho e Espírito
Santo quanto ao lançamento de uma base suficiente para o emprego recíproco dos
pronomes pessoais; cada um – Pai, Filho, e Espírito Santo – tem uma
peculiaridade incomunicável aos outros; nenhum é Deus sem os outros; cada um,
com os outros é Deus” (Teologia Sistemática, Augustus H. Strong, vol. I,
Editora Teológica, 2002, páginas 452-3).
À
vista disso, desejar adorar somente ao Pai e rejeitar o Filho e o Espírito não
funciona. “Todos devem honrar o Filho,
assim como honram o Pai. Quem não honrar o Filho não honra o Pai que o enviou” (Jo
5.23).
O
Espírito Santo não é uma força, uma energia, um poder. Não é uma coisa
inanimada, impessoal. Ele age, fala, ensina, consola, convence as pessoas do
pecado.
O
Espírito Santo ajudou os apóstolos a se lembrarem das palavras de Jesus (Jo
14.26); O Espírito dá testemunho de Cristo (Jo 15.26); convence do pecado, da
justiça e do juízo (Jo 16.8); orientou Filipe na evangelização de um homem, no
deserto (At 8.25-40); falou a Pedro (At 10.19); escolheu Barnabé e Saulo para o
desempenho de importante missão (At 13.2). Convenhamos, uma força ativa não
fala.
Jesus
ordenou que o batismo fosse ministrado “em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Três nomes, três
pessoas. Não disse Ele: “Em nome do Pai, e do Filho e do Poder de Deus, ou da
energia do Pai, ou da força ativa de Deus”.
O
Senhor Jesus disse que o Consolador, o Espírito de verdade habita em nós e
estará sempre conosco (Jo 14.17). Ao mesmo tempo o Senhor Jesus assegurou: “eis que estou convosco todos os dias, até
a consumação dos séculos” (Mt 28.20). Porque é onipresente (atributo
exclusivo da divindade), o Senhor Jesus pode estar com cada um de nós. Quem
afinal está conosco? O Consolador ou o Senhor Jesus? Os dois. Aliás, os três:
Pai, Filho e Espírito Santo, porque os três são um; “nenhum é Deus sem os
outros; cada um, com os outros é Deus”.
É
o Espírito Santo que guia à verdade (Jo 16.13). Quem O rejeita, de forma
consciente e deliberada, não pode entender com clareza as coisas divinas.
Continuarão com escamas nos olhos. Continuarão em trevas e algemados por
Satanás.
O
Senhor Jesus disse que viria “outro Consolador” [parakletos] (Jo 14.16),
“literalmente chamado para o lado de alguém, ajudador; auxiliador, consolador.
Cristo
exerceu esta função aos discípulos”. Ao dizer “outro Consolador”, o Espírito
Santo, afirmou tratar-se de outro do mesmo tipo, (outro = allos, outro da mesma
espécie, e não heteros, “outro diferente”). Logo, o Deus Filho deu testemunho
explícito da divindade do Espírito Santo. Viria outro igual a Ele em divindade. Não
seria um menos poderoso, uma força, uma energia, uma coisa (cf. Jo 15.26;
16.7).
Pr.
Airton Evangelista da Costa
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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