Davi
profetizou, mil anos antes do nascimento de Jesus, que o Messias seria “sacerdote para sempre segundo a ordem de
Melquisedeque”(Salmo 110.4). O autor de Hebreus cita esta profecia várias
vezes, e explica o seu significado em relação à superioridade total de Jesus.
A
“ordem de Melquisedeque” não se
refere a algum tipo de sociedade secreta ou mística como a Rosa Cruz, os Maçons
ou os Templários. Não é alguma organização preservada desde a antigüidade, nem
uma classe de sacerdotes na igreja do Senhor. A expressão “segundo a ordem de Melquisedeque” significa que o sacerdócio de
Jesus é do mesmo tipo, ou parecido com, o sacerdócio de Melquisedeque.
Melquisedeque
aparece na história bíblica, e some logo em seguida. Ele era rei de Salém e
sacerdote de Deus (Gênesis 14.18). Abençoou Abraão e recebeu o dízimo dele
depois da vitória do patriarca contra Quedorlaomer.
As
Escrituras não relatam nada sobre antepassados nem descendentes de
Melquisedeque (o ponto de Hebreus 7.3). Ele servia como sacerdote antes do
nascimento de Isaque, então não era descendente da tribo de Levi (um dos netos
de Isaque). Era sacerdote aprovado por Deus, independente de linhagem.
Deus
fez algumas coisas no Velho Testamento pensando na vinda de Jesus, e assim
ajudando o povo a entender a missão de Cristo. Os comentários em Gênesis e
Salmos sobre Melquisedeque mostraram a possibilidade de ter um sacerdote que
não era sujeito à Lei dada aos israelitas no Monte Sinai. É exatamente isso que
o autor de Hebreus nos mostra, usando Melquisedeque como tipo de Cristo.
Jesus
não podia ser sacerdote no sistema dado no Monte Sinai (Hebreus 8.4). O fato de
Deus ter declarado Jesus sacerdote eterno serve de prova de mudança de lei: “Pois, quando se muda o sacerdócio,
necessariamente há também mudança de lei” (Hebreus 7.14). “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério
tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança
instituída com base em superiores promessas” (Hebreus 8.6).
Salmo
110, como o autor de Hebreus bem explica, aponta para o perfeito Rei e eterno
Sacerdote, Jesus Cristo. Qualquer ensinamento que procura preservar algum
sacerdócio humano segundo a ordem de Melquisedeque age por autoridade humana, e
não divina (cf. Gálatas 1.10; 2 João 9), e diminui a importância de Jesus
Cristo como o eterno e suficiente Sumo Sacerdote.
Dennis
Allan
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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