O Senhor está comigo; ele é o meu ajudador. Verei a derrota dos meus
inimigos. (Sl 118.7.)
Para
o salmista, deus é o “deus da glória”, o “Rei de toda a terra”, o “Deus dos
Exércitos”, o “Todo-poderoso”, o “Santo de Israel”, o “Altíssimo”, o “Deus
vingador” (Sl 29.3; 47.7; 59.5; 68.14; 71.22; 78.56; 94.1). Esses são os nomes
mais solenes de Deus, aqueles que infundem respeito e temor.
Há
outros nomes de Deus no saltério, menos solenes e mais afetuosos. O poeta tem
coragem de se dirigir a esse Altíssimo chamando-o de “meu pastor” e de “meu ajudador” (Sl 23.1; 118.7). Tal atitude
decorre não da perda do devido respeito, mas da experiência pessoal, fruto da
comunhão do salmista com Deus.
Deus
não precisa deixar de ser o “Deus vingador” para ser o “Deus perdoador” (Sl
94.1; 99.8). Nem precisa deixar de ser o “Deus protetor”, para ser o “Deus da
glória” (Sl 121.3; 29.3).
Deus
não muda de nome nem de atributo. Ele não é severo hoje e bondoso amanhã, mas
severo e bondoso tanto hoje como amanhã. Ele não tem dupla personalidade.
A
mudança ocorre em nós e não em Deus. Quando em rebeldia, somos obrigados a
enxergar a severidade de Deus; quando em obediência, só enxergamos a sua
bondade (Rm 11.22).
Os
ímpios vêem um Deus distante, difícil, autoritário e implacável. Os justos vêem
um Deus que ama, que declara seu amor e o prova.
Mesmo
entre os justos, há aqueles que se aprofundam mais no conhecimento e no
relacionamento com Deus. São eles que conseguem chamar o Senhor de pastor e
ajudador (Sl 23.1; 118.7).
Retirado
de Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos. Editora Ultimato.
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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