Então Pedro,
aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra
mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete;
mas, até setenta vezes sete. Mt. 18:21,22
Certamente
todos de alguma forma, tiveram problemas, foram ofendidos, esquecidos,
discriminados, injustiçados, etc. não fará nenhum bem a você e nem a obra do
Senhor, guardar rancor, mágoa, ou inimizade contra quem quer que seja, pois a
ordem do Senhor é que perdoemos a todos e em todas as circunstâncias, pois quem
não está pronto a perdoar, tão pouco crerá no perdão de Deus.
A NATUREZA DO
PERDÃO:
J.
Edwin Orr declarou que só conseguiu compreender a natureza do perdão depois de
dois acontecimentos que lhe marcaram a vida:
Depois
de quebrar a vidraça do vizinho mais uma vez, seu pai o agarrou e o entregou ao
vizinho. O homem estava exasperado. Muitas vezes suas janela foi quebrada por
aquelas boladas. Ele disse: “eu perdôo o garoto, mas alguém tem que pagar o
prejuízo”.
A
primeira lição é: “perdoar não é fingir que o fato não aconteceu”. Ele na
verdade ocorreu e precisa ser corrigido. Alguém tem que pagar por ele.
Mais
tarde ele fez um empréstimo de uma grande quantia em dinheiro a um amigo. O
amigo perdeu o dinheiro no jogo e nunca mais pode paga-lo. Depois de se
aborrecer com o amigo durante muito tempo resolveu perdoa-lo. Foi então que
aprendeu a segunda verdade: “se alguém tem que sofrer pelo prejuízo, quem sofre
é aquele que perdoa.
Por
isso que perdoar é difícil, acarreta sofrimento para aquele que pratica tal
ação, ele arca com os prejuízos do dano cometido. E, neste sentido sofre mais
do que o culpado pelo acontecimento.
Há
porém um outro lado do perdão. Somente aquele que é perdoado pode, ao avaliar o
sofrimento de quem perdoa, perceber a extensão de sua culpa e assim
arrepender-se dela.
Ao
recomendar aos cristão de Roma que perdoassem a seus inimigos e cuidassem bem
deles, Paulo lhes diz: “se o teu inimigo
tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede dá-lhe de beber porque fazendo
assim, amontoará brasas vivas sobre a sua cabeça”(Rm 12.20).
Não
basta assim, que se perdoe alguém. É preciso que este alguém saiba que foi
perdoado e se sinta perdoado. Somente neste estágio do processo é que o perdão
alcança seu resultado mais significativo, a saber, a abertura da porta para a
recuperação daquele que errou.
Na
verdade Deus não perdoa cada pessoa a cada pecado que comete. O perdão já está
dado de uma vez em Cristo, que pela sua morte na cruz revela tal estado
perdoador de Deus.
A
FUNDAMENTAÇÃO DO PERDÃO:
O
problema do perdão começa no fato de que todas as pessoas sofrem da tentação de
repararem nos defeitos dos outros ao invés de enxergarem os seus próprios
pecados.
A
disposição de perdoar terá que passar por cima não apenas de um erro do irmão.
Terá que ser permanente na vida do seguidor de Cristo. A expressão setenta
vezes sete, não quer dizer apenas 490 vezes num dia e sim vezes sem conta.
Perdoar
é buscar o bem do outro, ainda que em termos humanos não gostamos dele. O
fundamento do perdão é a capacidade de se amar e de se beneficiar justamente
aqueles, cuja maneira de agir tenha sido má, ainda que em relação a nós mesmos.
Fazendo isso significa que estamos dentro da atmosfera do perdão que emana de
Deus.
Se
não perdoamos, nossa própria experiência de perdão será tão somente uma simples
e pura ilusão.
ALGUNS
DESAFIOS PARA NÓS:
Se
existe em seu coração qualquer mágoa, tristeza ou rancor contra alguém, perdoe
agora e vá a ele(a) comunicar o seu perdão.
Se
você magoou ou feriu alguém, peça perdão, humilhe-se, pois quem se humilha será
exaltado.
Não
julgue a ninguém, assuma o compromisso de ser a mão estendida para aquele que
está errado a fim de ergue-lo.
Experimente
exercer o perdão a cada dia pois assim, penetrará no que há de mais belo no
caráter de Deus – o perdão.
Transcrito
Por Litrazini
Graça
e Paz
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