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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

BATISMO DO ESPÍRITO SANTO


Jesus prometeu aos seus seguidores que eles fariam obras ainda maiores do que as dele, e nós sabemos que, depois de terem recebido o batismo do Espírito Santo, os discípulos pregaram com poder e realizaram grandes milagres. Sua participação nas grandes obras consistia de crer. O poder de realizar milagres não era deles próprios, mas  vinha de Deus e fluía através deles, porque eles criam.

A finalidade do batismo do Espírito Santo é que nós diminuamos, de maneira que a presença e o poder de Deus possam habitar em nós e fluam abundantemente, por nosso intermédio. “Glória seja dada a Deus, que pelo Seu grandioso poder operado em nós é capaz de fazer muito mais do que nós jamais ousaríamos pedir ou mesmo pensar, infinitamente além de nossas mais sublimes orações, anseios, pensamentos ou esperanças.” (Ef. 3.20). É Deus que faz a obra em nós. E quanto mais confiarmos nele e quanto menos dependermos de nós mesmos, mais ele terá possibilidades de agir.

Jesus referiu-se muitas vezes ao Espírito Santo como o Espírito da Verdade. “Quando vier o Espírito Santo, que é a verdade, Ele guiará vocês a toda a verdade.” (Jo 16.13). O Espírito Santo da verdade habita em todos os crentes e os orienta em tudo. Mas ser batizado no Espírito significa muito mais que isto; Significa “mergulhar em” ou “saturar”.

O batismo do Espírito Santo é uma experiência de purificação total, e de despojamento. É o farol da verdade de Deus, pondo à mostra cada recanto da nossa vida. A finalidade do batismo é lavar-nos com um jato fortíssimo e esvaziar-nos da nossa auto-confiança, do nosso orgulho, das nossas pequeninas tendências de trapaça, dos pretextos aos quais nos agarramos, de todas as coisas que bloqueiam a nossa fé e impedem a entrada do poder de Deus e da sua presença em nossa vida.

O batismo do Espírito Santo tem um duplo propósito: a purificação e o preparo do vaso para receber poder divino; e, depois, o enchimento do vaso com o seu poder. As duas ocorrências são simultâneas, porque  quando Ele começa a saturar nosso ser, põe em evidência e ao mesmo tempo retira o entulho empilhado dentro de nós.

Jesus disse: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas.” (At. 1.8). Ele não disse que o poder nos pertencia, mas que o poder nos encheria e operaria por nosso intermédio. Somos recipientes, vasos e canais. Por mais que tentemos, nunca seremos o conteúdo. Somos copos contendo água viva. A água pode saciar a sede dos homens, mas um copo vazio não satisfaz a ninguém.

Pessoas dizem suplicar a Deus que os batize no Espírito Santo, mas nada lhes acontece. O erro está no fato deles olharem para os seus próprios sentimentos em vez  de se fixarem na realidade de Deus. É sempre nos sentimentos que se encontra o obstáculo. As sensações não constituem o batismo. O batismo é uma transformação interior.

Amor, alegria e paz fazem parte do fruto do Espírito Santo em nós. A origem da alegria não está nas circunstâncias felizes, mas nos conhecimentos dos mandamentos de Jesus, na sua obediência e no descansar nele. “Achadas as tuas palavras, logo as  comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração.” (Jeremias 15.16).

Somos criaturas que gostam de se fixar á hábitos. Temos sempre deixado que os nossos sentidos comandem nossas reações. Mas Cristo veio morar em nós para que a sua alegria possa nos encher completa e plenamente. Não são as nossas emoções, nem a nossa mente, nem tampouco os nossos sentidos que nos incitam a regozijar. Isso vem do nosso espírito nascido do Espírito Santo. É ali que reside a nossa vontade.

Ronaldo Perini

Por Litrazini
Graça e Paz

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