Jesus
prometeu aos seus seguidores que eles fariam obras ainda maiores do que as
dele, e nós sabemos que, depois de terem recebido o batismo do Espírito Santo,
os discípulos pregaram com poder e realizaram grandes milagres. Sua
participação nas grandes obras consistia de crer. O poder de realizar milagres
não era deles próprios, mas vinha de
Deus e fluía através deles, porque eles criam.
A
finalidade do batismo do Espírito Santo é que nós diminuamos, de maneira que a
presença e o poder de Deus possam habitar em nós e fluam abundantemente, por
nosso intermédio. “Glória seja dada a
Deus, que pelo Seu grandioso poder operado em nós é capaz de fazer muito mais
do que nós jamais ousaríamos pedir ou mesmo pensar, infinitamente além de
nossas mais sublimes orações, anseios, pensamentos ou esperanças.” (Ef.
3.20). É Deus que faz a obra em nós. E quanto mais confiarmos nele e quanto
menos dependermos de nós mesmos, mais ele terá possibilidades de agir.
Jesus
referiu-se muitas vezes ao Espírito Santo como o Espírito da Verdade. “Quando vier o Espírito Santo, que é a
verdade, Ele guiará vocês a toda a verdade.” (Jo 16.13). O Espírito Santo
da verdade habita em todos os crentes e os orienta em tudo. Mas ser batizado no
Espírito significa muito mais que isto; Significa “mergulhar em” ou “saturar”.
O
batismo do Espírito Santo é uma experiência de purificação total, e de
despojamento. É o farol da verdade de Deus, pondo à mostra cada recanto da
nossa vida. A finalidade do batismo é lavar-nos com um jato fortíssimo e esvaziar-nos
da nossa auto-confiança, do nosso orgulho, das nossas pequeninas tendências de
trapaça, dos pretextos aos quais nos agarramos, de todas as coisas que
bloqueiam a nossa fé e impedem a entrada do poder de Deus e da sua presença em
nossa vida.
O
batismo do Espírito Santo tem um duplo propósito: a purificação e o preparo do
vaso para receber poder divino; e, depois, o enchimento do vaso com o seu
poder. As duas ocorrências são simultâneas, porque quando Ele começa a saturar nosso ser, põe em
evidência e ao mesmo tempo retira o entulho empilhado dentro de nós.
Jesus
disse: “Recebereis poder, ao descer
sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas.” (At. 1.8). Ele
não disse que o poder nos pertencia, mas que o poder nos encheria e operaria por
nosso intermédio. Somos recipientes, vasos e canais. Por mais que tentemos,
nunca seremos o conteúdo. Somos copos contendo água viva. A água pode saciar a
sede dos homens, mas um copo vazio não satisfaz a ninguém.
Pessoas
dizem suplicar a Deus que os batize no Espírito Santo, mas nada lhes acontece.
O erro está no fato deles olharem para os seus próprios sentimentos em vez de se fixarem na realidade de Deus. É sempre
nos sentimentos que se encontra o obstáculo. As sensações não constituem o
batismo. O batismo é uma transformação interior.
Amor,
alegria e paz fazem parte do fruto do Espírito Santo em nós. A origem da
alegria não está nas circunstâncias felizes,
mas nos conhecimentos dos mandamentos de Jesus, na sua obediência e no
descansar nele. “Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e
alegria para o coração.” (Jeremias 15.16).
Somos
criaturas que gostam de se fixar á hábitos. Temos sempre deixado que os nossos
sentidos comandem nossas reações. Mas Cristo veio morar em nós para que a sua
alegria possa nos encher completa e plenamente. Não são as nossas emoções, nem
a nossa mente, nem tampouco os nossos sentidos que nos incitam a regozijar.
Isso vem do nosso espírito nascido do Espírito Santo. É ali que reside a nossa
vontade.
Ronaldo
Perini
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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