O
que é esperança? De acordo como o dicionário online Caldas Aulete, significa
“expectativa otimista da realização daquilo que se almeja”. Outro léxico, o
Houaiss, dentre várias acepções, diz que esperança quer dizer “sentimento de
quem vê como possível a realização daquilo que deseja; confiança em coisa boa;
fé”.
Já
o Dicionário da Bíblia de Almeida verte: “confiança no cumprimento de um desejo
ou de uma expectativa”1. Com essas explicações, percebemos que a esperança está
relacionada com o futuro, com o esperar confiantemente. Todavia, carecemos de
distinguir entre esperanças terrenas e esperanças espirituais.
A
história e a experiência humanas nos mostram que nem sempre a esperança pode
ser alcançada. Às vezes ela pode ser frustrada (Provérbios 23.18). Por que isso
acontece?
Porque
pessoas falham; promessas terrenas se alteram e eventos podem ser modificados
por inúmeros motivos, inclusive pela intervenção divina. E, nesse contexto, a
desesperança gerada pela decepção pode nos afundar no mar da angústia e da
depressão.
Basta
lembrarmos de casos reais de pessoas que, por não experimentarem a
materialidade de suas esperanças, acabaram por tirarem suas próprias vidas.
Inclusive, na própria Bíblia, há casos de pessoas que se suicidaram (1 Samuel
31.2-5) ou que pediram a Deus a morte (1 Reis 19.4).
Então,
o que podemos fazer para que tenhamos uma vida saudável e preservada das
consequências negativas das frustrações oriundas das falhas de determinadas
esperanças?
Primeiro,
devemos abraçar as esperanças eternas. Estas são as que estão escritas na
Palavra de Deus: porque têm origem em Deus (Romanos 15.13), têm vida (1 Pedro
1.3-5), estimulam a fé o e amor fraternal (Colossenses 1.3-5), fomentam a
purificação (1 João 3.1-6), superam as tribulações (Romanos 5.1-5), produzem
alegria e paz no Espírito (Romanos 15.13) e, dentre outras bênçãos, estão
fundamentadas na Pessoa graciosa de Jesus: “que é Cristo em vós, esperança da
glória” (Colossenses 1.27).
Segundo,
precisamos criar, humanamente falando, esperanças lógicas e possíveis, isto é,
esperanças factíveis, como por exemplo, o sonho de conseguir cursar um
determinado curso ou trabalhar num determinado lugar ou constituir uma família.
Nesse sentido, podemos (e devemos), sim, dar origem e acalentar muitas
esperanças.
Dito
isso, façamos nossas as palavras de Jeremias, quando, em meio à calamidade de
sua nação, disse: “Quero trazer à
memória o que me pode dar esperança” (Lamentações 3.21, ARA2). A postura
deste profeta traz-nos uma grande lição. A de que, ao enfrentarmos terríveis
provações, o melhor a fazermos é focarmos nossos pensamentos naquilo que é bom,
em coisas que podem nos preservar de sentimentos destrutivos.
Afinal,
como afirma o apóstolo Paulo, “se já
ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está
assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são
da terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em
Deus” (Colossenses 3.1-3).
1
Bíblia do Obreiro. Sociedade Bíblica do Brasil, 2014, Barueri, SP.
2
Almeida Revista e Atualizada
João
Paulo Souza
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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