A minha vida está
sempre em perigo, mas não me esqueço da tua lei. (Sl 119.109.)
Perigo
de vida existe mesmo. Um acidente doméstico, um acidente de trânsito, uma bala
perdida, um assalto seguido de assassinato, uma descarga de revólver nas mãos
de um doente mental, um desmoronamento como o da casa em que estavam os filhos
de Jó ou como o da torre de Siloé, uma calamidade bélica, uma doença incurável.
O
salmista não é ingênuo: “A minha
vida está sempre em perigo” (Sl 119.109).
Paulo
também não é: “Todos os dias
enfrento a morte”(1Co 15.31).
Numa
única frase, o apóstolo cita oito vezes a palavra perigo: “Estive continuamente viajando de uma parte
a outra, enfrentei perigos nos rios, perigos de assaltantes, perigos dos meus
compatriotas, perigos dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto,
perigos no mar, perigos dos falsos irmãos” (2Co 11.26).
O
perigo não é só a morte.
Há
muitos outros perigos e é difícil saber quais são os maiores e quais são os
menores: o perigo de perder todos os bens, o perigo de perder o emprego, o
perigo do álcool, o perigo das drogas, o perigo do desânimo, o perigo do
desmantelamento da família, o perigo da perseguição, o perigo da concorrência,
o perigo da apostasia, o perigo da paixão, o perigo da depressão, o perigo do
câncer de mama, o perigo do mal de Alzheimer.
A
contingência do perigo pode cansar, pode amedrontar, pode envelhecer, pode
adoecer, pode desgostar, pode enfraquecer a fé.
Por
isso mesmo o salmista se acautela: “A
minha vida está sempre em perigo, mas não me esqueço da tua lei”.
Seu
companheiro de perigo constante gosta de perguntar: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou
perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? (Rm 8.35).
Retirado
de Refeições Diárias com Sabor dos Salmos. Editora Ultimato.
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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