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sexta-feira, 28 de junho de 2019

PAI, PERDOA LHES

O diálogo daquela manhã de sexta-feira foi amargo.  

Dos espectadores,“Desça da cruz se você é o Filho de Deus!” 

Dos líderes religiosos, “Salvou outros, mas não pode salvar a si mesmo”. 

Dos soldados, “Se você é o rei dos judeus, salve-se a si mesmo”. 

Palavras amargas. Cheias de sarcasmo. Odiosas. Irreverentes. 

Já não era suficiente ele estar sendo crucificado? Já não era suficiente ele estar sendo envergonhado como um criminoso? Os pregos não eram suficientes? A coroa de espinhos era muito suave? A surra foi muito breve? 

Para alguns, parece que sim... 

De todas as cenas ao redor da cruz, esta é a que mais me irrita. Que tipo de pessoa, eu me pergunto, zombaria de um homem que está morrendo? Quem seria tão baixo a ponto de despejar o sal do desprezo em feridas abertas? Como é baixo e pervertido zombar de alguém atormentado pela dor... 

As palavras lançadas naquele dia tinham a intenção de ferir. E não há nada mais doloroso do que palavras que têm a intenção de ferir... 

Se você sofreu ou está sofrendo por causa das palavras de alguém, você ficará feliz em saber que há um bálsamo para esta laceração. Medite nestas palavras de 1 Pedro 2.23: 

“Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça”. 

Você percebeu o que Jesus não fez? 

Ele não revidou. Ele não reagiu com raiva. Ele não disse, “Eu vou te pegar!” “Venha aqui e fale isso na minha cara!” “Espere até depois da ressurreição, camarada!” Não, estas declarações não foram encontradas nos lábio de Cristo. 

Você percebeu o que Jesus fez?
Ele “entregava-se àquele que julga com justiça”. Ou dizendo de um jeito mais simples, ele deixou o julgamento para Deus. 
Ele não assumiu a tarefa de procurar a vingança. Ele não exigiu um pedido de desculpas. Ele não contratou caçadores de recompensas e não enviou um bando armado. 
Ele, espantosamente ao contrário, falou em defesa deles.“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”(Lucas 23.34)... 

“não sabem o que estão fazendo”. 

E quando você pensa sobre nisso, eles não sabiam. Eles não tinham a menor ideia do que estavam fazendo. Eles eram uma multidão louca e agitada, bravos com alguma coisa que não conseguiam ver eles descontaram, de todas as pessoas, em Deus. Mas eles não sabiam o que estavam fazendo. 

Sim, o diálogo daquela manhã de sexta-feira foi amargo. As pedras verbais tinham a intenção de ferroar. Como Jesus, com um corpo destruído pela dor, olhos encobertos pelo seu próprio sangue e pulmões ansiando por ar, pôde falar em favor de alguns bandidos cruéis vai além da minha compreensão. 

Nunca, nunca vi tamanho amor. Se alguém já mereceu vingança, foi Jesus. Mas ele não se vingou. Ao invés disso morreu por eles. 

Como ele pôde fazer isso? 
Eu não sei. Mas sei que de repente minhas feridas parecem menos doloridas. Meus rancores e ressentimentos são repentinamente infantis. 

Às vezes eu me pergunto se não vemos o amor de Cristo tanto nas pessoas que ele tolerou como na dor que ele suportou. 

Maravilhosa graça. 

Autor: Max Lucado / Por Litrazini
Graça e Paz

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