A
Bíblia é o poema sinfônico da nova criação, cujo Compositor é o Artista divino
que conduz sua obra ao impulso do vento do Espírito. Os instrumentos da
orquestra foram feitos do pó da terra, são de argila, vasos de barro, filhos de
homens. O Diretor não é outro senão o mesmo Compositor; o Espírito de DEUS que
paira sobre a criação para dar-lhe harmonia, ordem e beleza.
O
título da obra é a Palavra de DEUS. Existia desde o princípio; estava com DEUS
e era DEUS. Narra-nos o que dele ninguém viu. O ministério mantido em segredo
durante séculos eternos, sons inefáveis que o homem não pode ouvir nem
pronunciar. DEUS os revelou por meio de sua Palavra que sonda até as
profundidades divina.
A
chave que determina como se há de entender toda a grande sinfonia, a
encontramos no mais genial dos profetas, Isaías: "PORQUE OS MEUS
PENSAMENTOS NÃO SÃO OS VOSSOS PENSAMENTOS, NEM OS VOSSOS CAMINHOS,OS MEUS
CAMINHOS, DIZ O SNHOR, PORQUE, ASSIM COMO OS CÉUS SÃO MAIS ALTOS DO QUE A
TERRA, ASSIM SÃO OS MEUS CAMINHOS, E OS MEUS PENSAMENTOS, MAIS ALTOS DO QUE OS
VOSSOS PENSAMENTOS". (Isaías, 55: 8-9).
Apenas
aceitando que nossos critérios não são os critérios de DEUS é que podemos
começar a compreender esta grande obra.
Os
caminhos de DEUS são ilógicos e absurdos para a lógica humana e a sabedoria dos
prudentes deste mundo. Não obstante, a necessidade divina é mais sábia que a
sabedoria dos homens.
DEUS
tem poder para realizar todas as coisas incomparavelmente melhor do que nós
podemos pensar. Nosso olho não pode ver, nem nosso ouvido escutar o que ele nos
tem preparado. Porém seu Espírito, seu Santo Espírito, no-lo revela.
Para
compreender realmente a Escritura, devemos começar aceitando que apenas o
Espírito de DEUS pode ensinar-nos todas as coisas, já que nossos pensamentos
não são os pensamentos de DEUS.
Este
poema sinfônico se apresenta no teatro do universo. Sem dúvida, não existem
espectadores, nem um único. Todos são atores, instrumentos ou cantores. O
auditório é convertido em cenário. A criação, o homem e o Espírito participam
ativamente.
O
Compositor divino soube enlaçar com simetria as melodias mais dissonantes. A
melodia da história faz acorde com a geografia. Todas as melodias concordam.
Realmente nossa Bíblia é um gigantesco hino do universo, interpretado pelo coro
de sopranos divinos.
Sem
dúvida, a Bíblia, como toda sinfonia, não é apenas uma conjugação de melodias.
Existe um tema principal predominante em toda a obra, qual seja o referente a
nossa salvação.
Sim,
a salvação, nossa salvação, é o tema central de toda a Escritura, seu coração.
Em razão do tema principal se dão todas as melodias secundárias. A salvação
certamente transcende o marco do tempo o espaço, porém é tão concreta como o
Salvador ou como um homem salvo. Se leva a término através de acontecimentos
salvíficos, concretos e controláveis pela história enquanto é possível.
Portanto,
podemos concluir que o tema principal da Bíblia é a Historia da Salvação.
Geralmente, entendemos por salvar-se unicamente o livrar-se de um perigo. Sem
dúvidas, o mesmo conceito guarda uma noção mais positiva. Em nossa história, a
salvação consiste nesse processo no tempo o espaço pelo qual DEUS liberta o
homem do pecado e o favorece ao comunicar-lhe a própria vida divina.
Se
o pensamento de DEUS, o Verbo, é quem organiza toda a história, é ao mesmo
tempo quem a explica. O Verbo de DEUS, JESUS CRISTO SALVADOR, é quem dá
harmonia a este variado concerto.
Ao
longo de toda a história da salvação, desde a abertura até a conclusão, CRISTO
domina a obra. As primeiras notas de nossa Bíblia já estão no tom de CRISTO.
Wilson
de Oliveira Carvalho
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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