“Porque o Senhor é o
nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso Rei; ele nos
salvará” (Is
33.22).
O
Brasil atravessa uma crise aguda, agônica, endêmica e sistêmica. A crise é
moral, política, econômica, social e religiosa. A capilaridade da crise se
espraia e cresce como tumores metastáticos, deixando a nação anêmica.
Essa
crise enfiou seus tentáculos nos poderes constituídos, deixando-os apequenados
aos olhos da nação. Os poderes judiciário, legislativo e executivo foram
severamente atingidos, deixando o povo brasileiro desassistido de esperança.
O
texto em epígrafe, acende uma réstia de luz em nosso caminho, revelando-nos que
nossa esperança não está nos homens, mas em Deus. Nosso socorro não vem da
terra, mas do céu. Nossa salvação não está nos poderes constituídos da
República, mas no Senhor Deus, nosso juiz, legislador e rei.
Deus
concentra em suas mãos esse tríplice poder. Seu trono jamais se enverga sob a
pressão dos criminosos para se livrarem de seus delitos. Suas leis jamais se
rendem aos interesses inconfessos e escusos dos perversos para protegê-los. Seu
governo jamais se fragiliza diante dos rumores da história ou dos estertores
das ruas.
O
trono de Deus está, imperturbavelmente, estabelecido. Deus reina soberano e
absoluto em todo o universo. Ele levanta reinos e abate reinos. Levanta reis e
depõe reis. Ele faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade. Aquele
que está assentado na sala de comando do universo tem as rédeas da história em
suas onipotentes mãos.
Os
juízes da terra podem falhar, e falham. Os legisladores podem se corromper, e
se corrompem. Os governantes podem perder a governabilidade, e perdem. Mas, o
trono de Deus jamais será abalado. Suas leis jamais caducam e sua justiça
jamais é torcida. Seu poder jamais se enfraquece. Seu juízo jamais se corrompe.
Deus é o nosso juiz, legislador e rei. Nele está a nossa esperança. Dele vem a
nossa salvação.
Deus
é a base e o construtor do poder judiciário. Seu trono de justiça é o modelo
para todos aqueles que julgam. Os tribunais da terra, não raro, por desprezarem
esse paradigma, manipulam as leis, torcem a justiça, condenam o inocente e
inocentam o culpado. Deus é, também, o alicerce e o edificador do poder
legislativo. Ele é o legislador supremo. Suas leis são justas e verdadeiras.
Observá-las é viver sob o manto da bem-aventurança; porém, transgredi-las é
expor-se ao opróbrio e à vergonha.
Deus
é, ainda, o fundamento e o arquiteto do poder executivo. O Senhor é o nosso
rei. Seu trono é eterno. Seu governo jamais terá fim. Mesmo nos tempos mais
turbulentos da história, nas crises mais avassaladoras que atingiram os homens,
Deus jamais perdeu o controle. A história não está à deriva; caminha para uma
consumação gloriosa, onde a vitória retumbante será do Senhor e do seu Cristo.
O
texto em tela, não apenas acentua a verdade incontroversa de que Deus é o nosso
juiz, legislador e rei, mas nos garante, também, de forma insofismável, que ele
nos salvará.
Aqui
colhemos decepções e mais decepções com os homens. Aqui, aqueles que vestem a
toga da justiça, muitas vezes, maculam-na com a nódoa da corrupção. Aqui,
aqueles que legislam, muitas vezes, vendem sua consciência, para fazerem leis
injustas, para favorecer os inescrupulosos, empanturrados de ganância. Aqui,
aqueles que governam, muitas vezes, aparelham o Estado, para esconder seus
crimes e oprimir o povo a quem deveriam servir com abnegação e respeito.
Ah,
os homens nos decepcionam! Mas, Deus, nosso juiz, legislador e rei nos salvará.
Ele é a nossa esperança. Dele vem o nosso socorro!
Hernandes
Dias Lopes
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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