"Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a
Deus." (Mateus 5:8)
Nas Escrituras Sagradas toma-se o coração como sendo mais do
que mera parte do corpo. É tido como a sede das emoções. Atribui-se a ele tanto
o temor, como o amor, a coragem, a ira, a alegria, a tristeza e o ódio. É assim
tomado como o centro da vida moral, espiritual e intelectual do homem. E também
se diz que ele é a sede da consciência e da vida do homem.
Jesus disse – "Bem-aventurados
os puros de coração, porque eles verão a Deus." Podemos, então, buscar
compreender o que isso significa. Se o coração é a sede dos sentimentos, então
o nosso amor a Deus deve ser puro. Se ele é o centro de nossos motivos, estes
também devem ser puros. Se ali reside a nossa vontade, esta deve ser entregue
nas mãos de Cristo. Devemos ser puros no amor, nos motivos e nos desejos.
Bom é fazermos aqui uma pausa para observar bem o que
significa ser "puro de coração".
Queria Jesus, acaso, dizer com isso que devemos atingir uma
perfeição sem pecado, um estado espiritual que nos torne impossível cair de
novo? Não.
Ser puro de coração não significa que se deva viver em
isolamento ou vida monástica, como indivíduos severos e aparentemente piedosos.
Jesus denunciou os fariseus, porque tinham falso conceito de pureza de coração.
Ele disse: "Ai de vós, escribas e
fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por
fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de
toda imundícia!" (Mateus 23:27).
A discussão de Jesus com os fariseus era
justamente sobre este ponto. Achavam eles que se ganhava o favor de Deus,
trazendo-se limpo o exterior do copo, observando-se certos ritos religiosos e
guardando-se a letra da lei. Em outras palavras, agiam de fora para dentro, e
não de dentro para fora
Mas, este não é o plano nem a maneira de Deus agir. Isso não
produz pureza de coração, nem propicia felicidade de alma.
A religião superficial dos fariseus era impotente para
purificar seus corações e preservá-los de sua sujeira e corrupção moral; por
isso não eram homens felizes. Tinham semblantes carrancudos, tensões nervosas e
frustrações. Viviam cheios de ressentimentos, amarguras, preconceitos e ódios.
Por quê? Justamente pelo fato de haverem perdido o conceito de Deus acerca da
pureza de coração. Achavam que, seguindo à risca a letra da lei, tinham feito
tudo e eram perfeitos.
Mas Jesus ensinou que Deus olha para além da letra e dos
atos exteriores do indivíduo. Ele sonda e pesa os corações, e julga tanto o
exterior como ainda mais o interior, os motivos, os pensamentos e intenções do
coração.
Deus não julga nossa bondade superficial nem a nossa maldade
aparente. Ele aprofunda e sonda a nossa alma, como o cirurgião faz ao nosso
corpo. E, quando Ele nos sondou, diz : "Enganoso
é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?"
(Jeremias 17:9).
Quando Jesus acabou de examinar o coração do povo com que
estivera em contato, disse: "Porque
de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a
prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias,
o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura"
(Marcos 7:21 e 22)
Jesus ensinou que o coração humano está longe de Deus:
obscurecido, incrédulo, cego, orgulhoso, rebelde, idólatra e empedernido.
Afirmou também que o coração humano, em seu estado natural, é capaz de todas as
maldades e crimes.
Nossos corações são impuros. E o resultado é vivermos cheios
de tensões, orgulho, frustração, confusão e de milhares de outros males
físicos, mentais e espirituais. A própria raiz de nossa vida é má.
Jesus afirma categoricamente que só seremos completa e
inteiramente felizes quando tivermos corações puros.
Extraído do Livro O Segredo da Felicidade de Billy Graham
Por Litrazini
Graça e Paz
Gosto muito das reflexões biblicas!!!
ResponderExcluirA Paz a todos!!