Jesus instituiu a
disciplina na igreja (Mt 18.15-20) com o objetivo de estabelecer os limites
entre o mundo e a igreja, bem como combater o pecado dentro dela.
Vários textos do Novo
Testamento revelam, que no contexto da igreja, a disciplina sempre foi usada
como remédio necessário para zelar por sua saúde espiritual (Rm 16.17; 2Co
2.5-11; 2Co 13.1-2; Gl 6.1-5; 2Ts 3.6-15; 1Tm 1.18-20; 5.19-22; Tt 3.10-11).
O que é a disciplina?
“A disciplina
eclesiástica é o exercício da jurisdição espiritual da Igreja sobre seus
membros, aplicada de acordo com a Palavra de Deus. Toda disciplina visa
edificar o povo de Deus, corrigir escândalos, erros ou faltas, promover a honra
de Deus, a glória de nosso Senhor Jesus Cristo e o próprio bem dos culpados”
(C.D. IPB).
Quem deve aplicar a disciplina?
Jesus deu autoridade
espiritual à igreja para a aplicação da disciplina, por meio de uma liderança
humilde, misericordiosa e exemplar (Mt 18.15-35).
Um membro da igreja
em Corinto vivia deliberadamente na prática do pecado. Paulo denuncia: Geralmente, se ouve que há entre vós
imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver
quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai.(v.1). A pratica
incestuosa daquele irmão era pública e atingia toda a coletividade. Todos na
igreja sabiam daquele relacionamento ilícito e ninguém tomava providências.
O irmão pecava por
ação e a igreja por omissão.
Os membros da igreja
em Corinto se recusaram a disciplinar o irmão faltoso. A igreja estava
ensoberbecida com o pecado, se vangloriando de ser uma comunidade amorosa.
Paulo denuncia que aquela postura estava errada. Eles deveriam lamentar o que
estava acontecendo. A palavra lamentar significa “chorar como se tivesse
perdido um ente querido”. É o choro da dor da perda.
É triste quando o
pecado não produz mais choro na vida de uma igreja local. É feliz e
bem-aventurado quem chora o seu pecado e os pecados dos outros: Bem-aventurados os que choram, porque serão
consolados (Mt 5.4). A visão errada do pecado levou a igreja à não
aplicar a disciplina. Aquele que vivia em tão escandaloso pecado deveria ser
afastado ou tirado da igreja, até que se arrependesse.
A reação de Paulo:
ele ordena que a igreja discipline aquele irmão. Eu, na verdade, ainda que
ausente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse
presente, que o autor de tal infâmia seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos
vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor (vv. 3-4). Paulo
diz que a disciplina deve ser aplicada sob a autoridade apostólica e da igreja.
Tal autoridade procedia de Jesus, por isso devia ser em nome e com o poder de
Jesus.
Paulo destaca três razões fundamentais:
(1) Promover a recuperação espiritual do
disciplinado.
Entregue á Satanás para a destruição da carne, a fim
de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor(v.5). A ideia
é que o cristão deve ser afastado da comunhão da igreja, para que por meio da
excomunhão ele arrependa-se do seu pecado.
A disciplina visa o
arrependimento e o benefício espiritual do faltoso.
(2) Impedir que o pecado se espalhe na
igreja.
Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de
fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais
nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso
Cordeiro pascal, foi imolado (vv.6-7). O mau
exemplo de um crente é muito nocivo à igreja. Assim como o fermento, o pecado é
contagioso e muito influente.
Precisamos lutar
contra o pecado e a igreja não deve tolerar membros escandalosos e
corruptos.
(3) Manter a pureza das celebrações e da
adoração ao Senhor.
Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento,
nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e
da verdade (v.8). Jesus morreu para santificar para si um
povo zeloso, santo e produtivo.
Devemos adorar a Deus
em espírito e em verdade, com sinceridade e santidade.
O pecado prejudica a
adoração do povo de Deus.
Autor: Arival Dias
Casimiro
Por Litrazini
Graça e Paz
Nenhum comentário:
Postar um comentário