Deus pode permitir que o
"descubramos", mas nunca deixará que saiamos da presença dele
inalterados. A sua glória muda e transforma os mortais. De alguma forma, nós
saímos desses encontros mais harmonizados com o seu amor compassivo pelos
perdidos e feridos ao nosso redor. Em vez de nos dirigir para nós mesmos, a sua
presença manifesta sempre volta os nossos olhos para os outros. Ela nos conduz
além das quatro paredes de nossas salas de reuniões para buscar e salvar o
perdido.
Infelizmente, a visitação
de Deus raramente se transforma em habitação por causa de nossa tendência
humana de imediatamente tirar nosso foco de sua face e nos concentrarmos nos
"bons sentimentos" que a presença dele cria em nosso corpo e em nossa
alma. Esses benefícios secundários são maravilhosos, mas devemos manter o nosso
foco central em Deus, e não nos agradáveis efeitos colaterais da presença dele.
Dizemos uns aos outros:
"Deus está aqui! Ele está nos visitando de novo".
Nossos cantores se
regozijam e a banda acompanha o ritmo, mas rapidamente isso escapa de nós,
pois não sabemos o que Ele está procurando. Muitos que experimentaram visitas
de Deus perguntam: "Por que Ele não fica? Nós lhe imploramos que ficasse.
Por que não conseguimos reter esses momentos?"
A resposta é simples: Não
construímos um propiciatório para conter a glória de Deus. Não há nenhum lugar
onde Ele possa sentar-se! O que é confortável para você e para mim não é
confortável para o kabod, o poder de Deus. Ficamos contentes em nos sentarmos
em nossas confortáveis poltronas espirituais reclináveis o dia todo, mas o
lugar de Deus, o propiciatório, é um pouco diferente. É o único lugar na Terra
que pode suportar o peso de sua glória e compeli-lo a entrar e a permanecer.
Sei de muitas cidades onde
a medida da glória dele fez uma visita, e um grande avivamento apareceu
inesperadamente. Milhares de pessoas receberam a Cristo como Senhor e Salvador
nessas cidades. Muitas dessas visitas começaram durante um busca
interdenominacional da presença de Deus, com várias congregações e pastores
trabalhando juntos e próximos, com uma só mente e em harmonia. Mais tarde,
quando a visitação começou a parecer cada vez mais com habitação, as diferenças
interdenominacionais se transformaram em conflito e angustiaram o Espírito
Santo.
Sempre que Deus o visita
com um milagre, um transbordamento de seu Espírito, ou as primícias do
avivamento verdadeiro, o inimigo virá e tentará roubar a promessa e destruir o
depósito que o Senhor deu a você.
Uma mulher nos dias do
profeta Eliseu descobriu esse padrão desagradável, mas sua preparação cuidadosa
a fez enfrentar o ataque do inimigo de cabeça erguida. A chave é que ela deu
espaço para a presença de Deus antecipadamente. O exemplo dela oferece pistas
para as nossas preparações para a habitação de Deus e a tentativa do inimigo de
matar ou roubar o depósito divino de Deus.
Esta mulher estava indo
muito bem em termos de dinheiro, prestígio e importância em seus círculos
sociais. A Bíblia a chama de "grande" mulher ou "notável". Sucedeu também um dia que, indo Eliseu
a Suném, havia ali uma mulher notável, a qual o reteve para comer pão; e
sucedeu que todas as vezes que passava por ali entrava para comer pão. (2 Reis 4:8) Ela se deu conta de que aquele homem careca de aparência estranha
que passava regularmente por sua casa era um profeta — talvez o único profeta
que andou com poder verdadeiro nos dias dela. Então, na próxima vez que ela
viu a Eliseu, o persuadiu a parar em sua casa e comer algo.
Depois daquela primeira
visita, ela imediatamente conversou com seu marido e chamou os carpinteiros e
pedreiros e pediu algumas mobílias. Ela queria que aquelas visitas se tornassem
em habitação, e nenhum esforço seria grande ou caro demais.
Quando o profeta apareceu
de novo, ela lhe mostrou a sala que havia preparado. Ele decidiu aceitar a
oferta de hospitalidade dela. A próxima coisa que ela soube foi que aquele que
havia sido tão abençoado pelas preparações dela anunciou que estava pronto a
abençoá-la! (E assim que as coisas funcionam no reino de Deus, mas algumas
vezes somos lentos para compreende).

Contudo ela estava
totalmente despreparada para o nível de bênçãos e contentamento indescritível
que iria receber por causa de sua preparação para a visita. Eliseu disse ao seu
assistente para falar com a mulher, que havia dado um espaço para o presente de
Deus, para que descobrisse o que poderia fazer por ela. Ela não estava mais
interessada nos favores de homens ou governantes; aquela mulher estéril queria
somente aquilo que Deus pudesse dar a ela: um filho em sua idade avançada.
Eliseu pediu que o seu assistente chamasse a mulher para dentro do aposento que
havia preparado:
Então Eliseu mandou
chamá-la de novo. Geazi a chamou, e ela veio até a porta e ele disse: "Por volta desta época, no ano que
vem, você estará com um filho nos braços". Ela contestou: "Não, meu senhor. Não iludas a tua
serva, ó homem de Deus!" Mas, como Eliseu lhe dissera, a mulher
engravidou e, no ano seguinte, por volta daquela mesma época, deu à luz um
filho.(2 Reis 4.15-17)
Extraído do livro Os
Descobridores de Deus de Tommy Tenney
Por Litrazini
Graça e Paz
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