O apóstolo Paulo menciona três disposições inabaláveis
do seu coração em relação ao evangelho:
"Eu
estou pronto" (Rm 1.14); "eu sou devedor" (Rm 1.15) e "eu
não me envergonho" (Rm 1.16). Temos aqui
três verdades: A obrigação do evangelho: "sou devedor"; a dedicação
ao evangelho: "estou pronto"; e a inspiração do evangelho: "não
me envergonho".
Vamos examinar esses três compromissos com o evangelho.
Em primeiro lugar, eu estou
pronto a pregar o Evangelho (Rm 1.14).
A demora de Paulo em ir a Roma não era falta de desejo
do apóstolo, mas impedimentos circunstanciais alheios à sua vontade. Esse atraso, na verdade,
enquadra-se no sábio arbítrio de Deus, pois resultou na escrita desta epístola,
que tem merecido o encômio de ser "o principal livro do Novo Testamento e
o evangelho perfeito".
Paulo sempre esteve pronto a pregar. Ele pregava em prisão e em
liberdade; nas sinagogas e nas cortes; nos lares e nas praças. Pregava em
pobreza ou com fartura. Ele chegou a dizer: "ai de mim, se não pregar o evangelho" (1Co 9.16). Pregar
o evangelho era a razão da sua vida.
Em segundo lugar, eu sou devedor do Evangelho (1.15).
Há duas maneiras de alguém se endividar. A primeira é emprestando
dinheiro de alguém; a segunda é quando alguém nos dá dinheiro para uma terceira
pessoa. É no segundo caso que Paulo se refere aqui. Deus havia confiado o
evangelho a Paulo como um tesouro que ele tinha que entregar em Roma e no mundo
inteiro. Ele não podia reter esse tesouro. Ele precisava entregá-lo com
fidelidade.
Deus nos confiou sua Palavra. Ele nos entregou um tesouro.
Precisamos ir e anunciar. Sonegar o evangelho é como um crime de apropriação
indébita. O evangelho não é para ser retido, mas para ser proclamado. Ninguém
pode reivindicar o monopólio do evangelho. A boa nova de Deus é para ser
repartida. É nossa obrigação fazê-la conhecida de outros.
Proclamar este evangelho em todo o mundo e a toda
criatura não é questão de sentimento ou preferência; é uma obrigação moral; é
um dever sagrado.
Em terceiro lugar, eu não me
envergonho do Evangelho (1.16).
Paulo se gloria no evangelho e considera alta honra
proclamá-lo. Ao
considerarmos, porém, todos os fatores que circundavam o apóstolo, nós
poderíamos perguntar: Por que Paulo seria tentado a envergonhar-se do evangelho
ao planejar sua viagem para Roma? Porque o evangelho era identificado com um
carpinteiro judeu que fora crucificado. Porque naquela época como ainda hoje os
sábios do mundo nutriam desprezo pelo evangelho.
Porque o evangelho, centralizado na cruz de Cristo, era visto com desdém tanto
pelos judeus como pelos gentios. Porque pelo evangelho Paulo já havia
enfrentado muitas dificuldades. Porém, a despeito dessas e outras razões, Paulo
pode afirmar, com entusiasmo: "Porque
não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de
todo aquele que crê" (Rm 1.16).
Hoje há três grupos bem distintos: Primeiro, aqueles que se envergonham do
evangelho. Segundo, aqueles que são a vergonha do evangelho. Terceiro, aqueles
que não se envergonham do evangelho. Em quais desses grupos você se enquadra?
Qual tem sido o seu compromisso com a proclamação do evangelho?
Que Deus desperte sua igreja, para que como um
exército poderoso, cheio do Espírito Santo, se levante para proclamar com
fidelidade o evangelho da graça. Pregar outro evangelho ou sonegar o evangelho é um grave
pecado; porém, anunciar o evangelho, é o maior de todos os privilégios!
Rev. Hernandes Dias Lopes
Por Litrazini
Graça e Paz
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