Já ouvi algumas vezes dizerem que a Bíblia é uma carta de amor de
Deus para nós.
Por mais que eu entenda o sentimento por trás dessa afirmação, não penso
que ela seja particularmente correta. Aqui está o porquê.
Uma carta de amor é escrita por um rapaz (ou uma garota) que está
apaixonado. Ele
não se satisfaz com o que tem: ele não a vê o suficiente, ele não pensa nela o
suficiente, ele não diz coisas maravilhosas sobre ela o suficiente. Seu amor
transborda de seu coração no papel. Ele precisa dizer à garota como ele se
sente, precisa expressar seu intenso amor e afeição que estão ameaçando tomar
conta completamente de seu ser.
A carta de amor é o rapaz dizendo à garota o quão sublime, fantástica e
maravilhosa ela é.
A carta de amor é completamente sobre a garota.
A
Bíblia não é uma carta de amor.
A
Bíblia nos fala do imenso amor de Deus por nós?
É
claro. Mas a Bíblia não fala primariamente sobre nós, a Bíblia fala
primariamente sobre Deus.
A Bíblia não é um relato subjetivo dos sentimentos de Deus por nós; é um
relato objetivo do divino, glorioso e magnífico plano de redenção orquestrado
por Deus.
A Bíblia não existe para que eu me sinta bem comigo mesmo. A Bíblia existe para
estimular nossas afeições pelo nosso glorioso Deus.
Deus
não está impressionado conosco, ele está impressionado consigo mesmo.
A Bíblia não é Deus nos dizendo o quão maravilhosos nós somos; a Bíblia
é Deus nos dizendo o quão maravilhoso ele é.
Talvez
devêssemos parar de chamar a Bíblia de carta de amor de Deus.
STEPHEN ALTROGGE / Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org
Por
Litrazini
Graça e Paz
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