E ele designou
alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e
outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a
obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado. [Efésios
4.11-12]
A indicação dos Sete ilustra claramente um princípio vital. É verdade
que Deus chama todo o seu povo para servi-lo, mas também é verdade que ele
chama pessoas diferentes para ministérios diferentes. Aqueles que são chamados
para o ministério da Palavra e da oração não devem permitir que nenhuma outra
atividade tome o lugar de suas prioridades. Tanto o ministério dos Doze como o
dos Sete é chamado de diakonia, que quer dizer “ministério” ou “serviço”.
O ministério dos Doze é o “ministério da Palavra” (At 6.4) ou serviço
pastoral, enquanto que o dos Sete é chamado de ministério das mesas (v. 2,
literalmente “servir às mesas”) ou trabalho social.
Ambos são ministérios cristãos. Ambos precisam de pessoas espirituais
para exercê-los e ambos podem ser ministérios de tempo integral. A única
diferença entre eles está na forma de atuação de cada ministério, requerendo
diferentes dons e diferentes chamados.
Prestamos um grande desserviço à igreja quando nos referimos ao
pastorado como “o ministério”. O uso do artigo definido sugere que só existe
este ministério. Diakonia, no entanto, é uma palavra genérica para serviço, mas
se lhe acrescentarmos um adjetivo ela se torna específica — serviço pastoral,
social, político, médico, educacional e muitos outros.
Precisamos recuperar esta visão ampla da diversidade de ministérios para
os quais Deus chama seu povo.
Este é um princípio vital para o crescimento da igreja, e deve ser
praticado pelos pastores e membros nas igrejas locais. Não que os apóstolos
estivessem ocupados demais com o ministério, o problema é que eles estavam
preocupados com o ministério errado. Isso também acontece com muitos pastores
hoje. Em vez de se dedicarem apenas ao ministério da Palavra, eles se
sobrecarregam com a administração da igreja.
Às vezes o próprio pastor é culpado (ele quer controlar tudo) e algumas
vezes a culpa é dos membros (eles querem alguém que faça tudo). Em ambos os
casos, as consequências são desastrosas. O nível dos sermões e do ensino decai
e os leigos não conseguem exercer os ministérios que Deus lhes concedeu. Como
resultado direto da atitude tomada pelos apóstolos, “a palavra de Deus se
espalhava” e “o número de discípulos crescia rapidamente (v. 7).
É claro! A propagação da Palavra e o crescimento da igreja andam de mãos
dadas.
Para saber mais: veja os seis aspectos do crescimento da igreja
apontados por Lucas em Atos 6.7; 9.31; 12.24; 16.5; 19.20; 28.30-31
Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
Por Litrazini
Graça e Paz
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