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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O EVANGELHO ISENTA-NOS DA LEI

O que está ordenado em alguns capítulos da carta paulina aos gálatas, a respeito do tema `LEI E GRAÇA´, é claro como o sol de meio dia. Daí porque me limitarei a copiar alguns textos e respectivos comentários. 

“Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e vida que agora vivo na carne vivo-a pela fé no Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim. Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde” (Gl 2.16-21).

COMENTÁRIO – “Paulo lida aqui com a questão de como o pecador poderá ser justificado, i.e., perdoado dos seus pecados, aceito por Deus e ter um justo relacionamento com Ele. Isso acontece não ´pelas obras da lei´, mas mediante a fé viva em Cristo Jesus.

Todos os cristãos foram crucificados com Cristo na cruz. Morreram para a Lei como meio de salvação (v. Ef 2.8-9), e agora vivem para Deus por meio de Cristo. Por causa da salvação em Cristo, o pecado já não tem domínio sobre eles (v. Rm 6.4, 8, 11; Gl 5.24; 6.14; Cl 2.12,20)” (Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP).

JUSTIÇA (Gl 2.21) – “O ensino de Paulo sobre a justificação e sobre a justiça vai além de uma mera declaração jurídica da parte de Deus, A justiça que vem pela fé envolve uma transformação moral da pessoa, a graça de Deus e um relacionamento com Cristo, mediante o qual compartilhamos da sua vida ressurreta” (Fonte: BEP).

“Só quisera saber isto de vós [insensatos gálatas]: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora na carne?” (Gl 3.1-4).

COMENTÁRIO – “Paulo demonstra a superioridade da salvação pela graça mediante a fé em Cristo sobre a tentativa de se obter a salvação mediante a obediência à lei. Mediante a fé em Cristo recebemos o Espírito Santo e todas as suas bênçãos, inclusive o dom da vida eterna.

Porém, a pessoa que depende da lei para obter a salvação não recebe o Espírito, nem a vida, porque a lei em si mesma não pode outorgar a vida. As referências que Paulo faz ao Espírito Santo incluem tanto o batismo no Espírito Santo, quanto as operações especiais subsequentes do Espírito (cf. At 1.4,5; 2.4; 8.14-17; 10.44-47; 11.16-17; 19.1-6; 1 Co 12.4-11). (Fonte: BEP).

“É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Os que são da fé são filhos de Abraão. De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão. Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição, porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las. E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé” (Gl 3.6-11).

COMENTÁRIO – Paulo cita Habacuque 2.4 para ilustrar a justificação pela fé (cf. Rm 1.17). Habacuque enfatiza que quem é justificado pela fé possui a verdadeira justiça interior, pois ele contrasta o justo com o ímpio, cuja alma “não é reta nele” (Hb 2.4). Sendo assim, Paulo cria que a justificação envolvia uma verdadeira justiça interior mediante o Espírito Santo habitando na pessoa.

LOGO, PARA QUE É A LEI? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade, a quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos nas mãos de um medianeiro. Logo, a lei é contra as promessas de Deus?

De nenhuma sorte; porque se dada fosse uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.

De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que, pela fé, fôssemos justificados. Mas, depois que a fé veio, já não estamos debaixo de aio. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus (Gl 3.19-26).

COMENTÁRIOS – “A palavra traduzida “lei” (gr. nomos; hb. torah) significa “ensino” ou “instrução”. O termo lei pode referir-se aos Dez Mandamentos, ao Pentateuco ou a qualquer mandamento no Antigo Testamento.

O uso por Paulo da palavra “lei” pode incluir o sistema sacrificial do concerto mosaico. A lei funcionou como “aio” ou tutor do povo de Deus até que viesse a salvação pela fé em Cristo.

Não se deve buscar a salvação através das provisões do antigo concerto, nem pela obediência às suas leis e ao seu sistema de sacrifícios. A salvação, agora, tem lugar de conformidade com as provisões do novo concerto, a saber, a morte expiatória de Cristo, a sua ressurreição gloriosa e o privilégio subsequente de pertencer a Cristo” (Fonte: BEP).

Pr. Airton Evangelista da Costa

Por Litrazini:

Graça e Paz

2 comentários:

  1. Essas reflexões ajudam o leigo a entender melhor as relações lei×fé. Qual a finalidade da lei e da fé.

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  2. Graça e paz! Estudo maravilhoso
    Bem explicado .

    Obrigado nobre Pr Airton

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