São poucos os dias que passam sem que
fiquemos frente a frente com uma decisão inevitável, imprevisto e sem convite.
Como uma avalanche, estas decisões caem sobre nós sem aviso. Elas desorientam e
perturbam. Rápido. Imediato. Inesperado. Sem conselho, sem estudo, sem
recomendação. Pow! Inesperadamente você é lançado no ar de incerteza e apenas o
instinto determinará se você cairá em pé.
Quer um bom exemplo? Olhe para três
apóstolos no jardim. Dormindo profundamente. Cansados depois de uma refeição
completa e de uma semana cheia, suas pálpebras muito pesadas, foram acordados
por Jesus apenas para voltar a cair na terra dos sonhos. A última vez,
entretanto, que eles foram acordados por Jesus para retinir espadas, acender
tochas e falar em altas vozes.
"Lá está Ele!". "Vamos
pegá-lo!"
Um grito. Um beijo. Um arrastar de pés. Um
pequeno conflito. Inesperadamente é hora de decisão. Sem tempo para aconchego.
Sem tempo para oração. Sem tempo para meditar ou consultar os amigos. Decisão.
Pedro toma a sua. A espada é tirada. A
orelha é arrancada. Jesus o repreende. E agora?
Marcos, que aparentemente era um jovem
testemunha ocular, escreveu estas palavras, "Então todos o abandonaram e
fugiram."
Essa é uma maneira sutil de dizer que eles
correram como ratos assustados. A única coisa que estava se movendo mais rápido
que seus pés era a velocidade de suas pulsações. Todas aquelas palavras de
fidelidade e compromisso foram deixadas para trás em uma nuvem de poeira.
Mas antes de darmos uma dura nesses
seguidores de pés rápidos, olhemos para nós mesmos. Talvez você tenha estado no
jardim de decisão algumas vezes. A sua lealdade alguma vez foi desafiada? Você
alguma vez já passou por este alçapão do diabo?
Para o adolescente poderia ser um cigarro
de maconha sendo passado pelo círculo. Para o homem de negócios poderia ser uma
oferta para fazer um desconto "por baixo da mesa". Para a esposa
poderia ser uma chance para ela dar seus "dois dedos" de suculenta
fofoca. Para o aluno poderia ser a oportunidade de aumentar sua nota olhando
para o teste de seu amigo. Para o marido poderia significar um impulso de
perder sua paciência com os gastos de sua esposa.
Na maioria das vezes, o resultado final é
catástrofe. Ao invés de tirar o estopim da bomba calmamente, deixamos explodir.
Encontramo-nos fazendo exatamente o que detestamos. A criança em nós dá o bote,
incontrolável e desenfreado, e o adulto em nós vai atrás balançando sua cabeça.
Agora, isso não precisa ser assim. Jesus
não entrou em pânico. Ele, também, ouviu as espadas e viu os tacos, mas Ele não
perdeu Sua cabeça. E era Sua cabeça que os romanos queriam!
Relendo a cena do jardim vemos porquê. Uma
afirmação feita por nosso Mestre oferece duas ferramentas básicas para nos
mantermos frios no calor de uma decisão. "Vigiem
e orem para que não caiam em tentação."
Tudo o que Jesus está dizendo é, "preste
atenção". Você conhece sua fraqueza. Você também conhece as situações nas
quais sua fraqueza está mais vulnerável. Fique fora destas situações. Bancos
traseiros. Hora avançada. Boates. Jogos de pôquer. Qualquer coisa que dê a
Satanás um apoio para o pé em sua vida, fique longe disso. Preste atenção!
Segunda ferramenta: "Ore". A
oração não vai contar nada de novo a Deus. Não existe nem pecador nem santo que
O surpreenderia. O que a oração faz é convidar Deus para andar na trilha escura
da vida conosco. A oração pede a Deus para olhar adiante por árvores que caem e
por pedregulhos que desabam e para ficar na retaguarda, nos escoltando contra
os dardos venenosos do diabo.
"VIGIEM E OREM". Bom
conselho. Vamos aceitá-lo.
Pr. Max Lucado
Por Litrazini
Graça e Paz
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