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segunda-feira, 10 de abril de 2017

JESUS, O SERVO SOFREDOR

Então ele [Jesus] começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem sofresse muitas coisas… fosse morto e três dias depois ressuscitasse. (Marcos 8.31)

O ponto central do Evangelho de Marcos é a cruz de Cristo.

Quando os doze apóstolos compreenderam quem Jesus era e o confessaram como Messias, ele começou a ensiná-los sobre a cruz. Isso foi um divisor de águas no ministério de Jesus, bem como no Evangelho de Marcos.

Antes disso, Jesus havia sido aclamado como mestre e como curador popular. Ele, no entanto, não havia vindo para ser esse tipo de Messias.

Assim, daquele momento em diante, ele ensinou seus discípulos abertamente sobre a necessidade de seus sofrimentos e de sua morte.

Marcos registra que, em outras três situações distintas, Jesus solenemente predisse sua morte. Na verdade, aproximadamente um terço do Evangelho de Marcos é dedicado à sua paixão.

A essência do ensino de Jesus se encontra em sua declaração de que “era necessário que o Filho do homem sofresse”.

Por que ele deve sofrer? Qual é a origem desse seu senso de obrigação?

É porque as Escrituras devem se cumprir.

Por que, então, “o Filho do homem”?

Ao usar esse hebraísmo para designar ser humano, Jesus estava se referindo a Daniel 7. Nessa visão, “alguém semelhante a um filho de homem” (ou seja, uma figura humana) vem sobre as nuvens e se aproxima do Ancião de Dias (Deus). Ele então recebe autoridade e poder soberano, de modo que todas as pessoas o servirão, e seu reino jamais será destruído (Dn 7.13-14).

Jesus adotou o título (Filho do homem), mas mudou o seu papel.

De acordo com Daniel, todas as nações o serviriam.

De acordo com Jesus, ele tinha vindo para servir, e não para ser servido.

Na verdade, Jesus fez o que mais ninguém havia feito: ele fundiu as duas imagens do Antigo Testamento, a do servo que sofre em Isaías e a do Filho do homem que reina em Daniel, pois primeiro Jesus deve carregar os nossos pecados e apenas depois ressuscitar e entrar na glória

“…E ele lhes disse: Mas vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo.E admoestou-os, para que a ninguém dissessem aquilo dele.E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que depois de três dias ressuscitaria. E dizia abertamente estas palavras. E Pedro o tomou à parte, e começou a repreendê-lo. Mas ele, virando-se, e olhando para os seus discípulos, repreendeu a Pedro, dizendo: Retira-te de diante de mim, Satanás; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas as que são dos homens. E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me…” Marcos 8.27-9.1 

Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

Por Litrazini

Graça e Paz

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