Somos
santuário de Deus, como diz o Novo Testamento: “Não sabeis vós que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus
habita em vós?” (1 Co 3.16)
No
passado, Deus ordenou que lhe construíssem um santuário com detalhes que Ele
mesmo havia dado, e sob a direção de Moisés, o povo de Israel o fez. Mais
tarde, Salomão construiu um magnífico templo em lugar da tenda do tabernáculo.
Mas quando o povo israelita foi levado em cativeiro para a Babilônia, o templo foi
demolido e queimado, e somente depois de regresso da nação nos dias de Esdras e
Neemias é que foi reconstruído.
Nas
três vezes, seguiu-se a direção inicial que o Senhor havia dado a Moisés, e a
Casa do Senhor sempre teve três ambientes distintos onde os sacerdotes serviam:
o Santo dos Santos, o Lugar Santo, e o Átrio Exterior. Logo, podemos dizer que
o santuário sempre foi tripartido.
No
Novo Testamento vemos uma nova ênfase quanto ao santuário de Deus, e ela já não
tem mais nada a ver com os templos construídos. Na sua última pregação, Estevão
declarou: “Mas o Altíssimo não habita em
templos feitos por mãos de homens…” (At 7.48), e antes de tornar-se o
primeiro mártir da Igreja, depositou esta mensagem no coração de seu
perseguidor, que mais tarde viria a escrever que o santuário de Deus somos nós!
A
Igreja em seu início compreendia isto. Quando Jesus bradou na cruz “está
consumado!”, o véu do templo se rasgou de alto a baixo. A partir deste momento
a presença de Deus deixou de estar restrita ao templo e o Pai veio fazer morada
em nós, os nascidos de novo.
E
como santuário de Deus, também somos tripartidos, à semelhança dos santuários
do Velho Testamento que eram figura do santuário da Nova Aliança em Jesus. Cada
uma das três partes do santuário corresponde às nossas três partes: espírito,
alma e corpo.
Olhando
o tabernáculo pelo lado de fora, via-se apenas dois ambientes: a parte coberta
e a parte descoberta, sendo que a parte coberta era a tenda da revelação e a
parte descoberta o átrio exterior. Mas ao entrar na tenda, percebia-se que
havia ali dentro dois ambientes totalmente distintos e separados por um véu: o
Santo Lugar e o Santo dos Santos (Hb 9.1-3).
Ou
seja, olhando apenas de modo superficial, parecia um só ambiente, mas num exame
cuidadoso apareciam claramente os dois ambientes. De forma semelhante, ao
observar superficialmente o santuário de Deus hoje (que somos nós),
reconhecemos apenas duas partes: o homem interior e o homem exterior. Mas um
exame das Escrituras (e no nosso próprio íntimo) revelará que a “tenda” do
homem interior se subdivide em outras duas partes, separadas apenas por um véu.
O homem interior é composto de espírito e alma!
O
espírito corresponde ao Santo dos Santos, o lugar mais íntimo, onde se
encontrava a presença de Deus e também onde Ele falava. A alma corresponde ao
Lugar Santo, e o corpo ao Pátio, ou Átrio Exterior.
A
importância de examinarmos estas figuras é compreender que assim como o Santo
dos Santos era o lugar mais importante do tabernáculo, assim também o nosso espírito
é hoje o lugar “mais importante” do santuário que somos nós!
Precisamos
tomar consciência do valor do nosso espírito na vida cristã.
Luciano
Subirá
Por
Litrazini
Graça
e Paz
Nenhum comentário:
Postar um comentário