Esta
semana, chamada “semana santa”, o mundo, chamado cristão, comemora a
crucificação e a morte de Jesus. É possível que poucos conheçam o motivo que
levou as autoridades judaicas a cometerem essa loucura de matarem o Príncipe da
vida; que Paulo afirma que se soubessem que era o Príncipe da vida, não O
teriam crucificado.
Qualquer
pessoa que fosse condenada à morte, deveriam as autoridades apresentar os
motivos ou os crimes que justificassem essa morte. Vejamos em Mateus 26 v 61,
que diz: “E disseram: Este disse: Eu posso
derrubar o templo de Deus, e reedificá-lo em três dias”. E no verso 64
Jesus afirma ser O Filho de Deus.
Diante
disto; disse o conselho: “Este homem
blasfemou contra Deus por ter cometido este tipo de pecado. Portanto é digno de
morte”. Veja o prezado leitor, se isto constitui motivo merecedor de morte.
O
apóstolo João diz que Pilatos percebeu que o motivo verdadeiro, era a inveja:
Os seus corações de fato estavam cheios de inveja, uma vez que não O podiam
imitar nos Seus feitos. Do ponto de vista judaico, a condenação veio movida
pela inveja; e do ponto de vista humano, o motivo era a libertação da
condenação da própria humanidade.
Jesus
sofreu fisicamente, quando recebeu os açoites ordenados por Pilatos; recebeu
uma coroa de espinhos; muitas bofetadas sobre Seu rosto; carregou uma cruz
pesada que O fez tropeçar e cair; e levantando-Se, não pôde continuar essa
trajetória, que fizeram colocá-la nos ombros de um homem chamado Simão. Já no
Monte Calvário, Ele mesmo deitou-Se; e assim os seus algozes de posse de
martelo e enormes cravos, O afixaram pelas mãos e pelos pés, nessa infamante
cruz.
Agora
imaginemos o corpo pesado do Senhor Jesus, pendendo lá do alto da cruz, como O
faziam sofrer as grandes dores! Tudo, por que, nos amava muito, e queria nos
proporcionar a vida eterna. Foi a fase muito difícil para Ele. Mas, a questão é
que, havia outros tipos de sofrimentos, como por exemplo, o sofrimento moral.
Em Marcos 14:34 diz: “E disse-lhes: A
minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui, e vigiai”.
Isto levando em conta as palavras do profeta Isaias no capítulo 53, que diz: “Ter caído sobre Ele os nossos pecados”.
E na cruz Ele foi desafiado a descer dela; e zombaram dEle.
Em
terceiro lugar, observemos o sofrimento chamado solidão, que é espiritual,
quando o próprio Deus O abandonou; e Ele chegou a dizer: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Salmo 22:1); isto
sem levar em conta, aqueles dos Seus amigos os mais íntimos que O deixaram e
fugiram, excetuando João, o apóstolo; e Pedro, que sempre era o primeiro a
falar, veio a negá-Lo três vezes.
Como
podemos ver o Senhor Jesus fez um único sacrifício por nós, e pode salvar-nos
perfeitamente, e vive para interceder por nós, (Hebreus 7:25). É possível que
alguém, querendo contradizer tais palavras, diga que conhece muita gente que
sofreu muito mais do que o próprio Jesus. E, se sofreu, sofreu como pecador;
entretanto e felizmente não ocorreu o mesmo com Jesus, isto é, Jesus não era
pecador, mas absolutamente justo santo e bom. E Ele mesmo havia dito: “quem de vós me condena de pecado?”
você conhece aquele ditado que diz: “Chumbo trocado não dói”? Como Jesus não
tinha pecado, a Sua dor só Ele poderia suportá-la. Ninguém mais.
Concluindo,
essas são as três fases do Seu sacrifício. E Ele a sofreu sem reclamar; e
Isaias 53, diz: “Ele foi levado como um
cordeiro ao matadouro; e assim não abriu a Sua boca para reclamar”. Ele
tomou o cálice amargo sozinho. Qual o pecador
que
poderia suportar tudo isto silenciosamente? Você conhece algum? A Bíblia o
ignora. Portanto, dispensa qualquer outro tipo de sacrifício que a humanidade
queira fazer para ser salva. As obras que qualquer de nós praticarmos, por mais
santas e perfeitas que as consideremos, jamais terá o poder de salvar qualquer
pessoa.
Sabe-se
que por este mundo já passaram pessoas santas, que diante de Deus tenham sido
tais, senão aceitaram o sacrifício de Jesus, partiram para o além sem terem
alcançado o perdão e a salvação.
Portanto
atentemos bem para as palavras de Hebreus 2:3: “Como escaparemos nós, senão atentarmos para uma tão grande salvação?”.
Pr. Timofei Diacov
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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