Não
lhe parece relevante que Cristo tenha dado ao servo a mesma característica que
deu a si mesmo?
“Falou-lhes, pois,
Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas,
mas terá a luz da vida.” (Jo 8.12)
O
servo de Cristo brilha no meio de uma sociedade que está irremediavelmente
perdida, entregue a si mesma. Agora vamos responder a duas perguntas:
1.
Qual é a função básica da luz?
2.
Qual a melhor maneira de desempenhar essa função?
A
resposta da primeira é óbvia: dissipar a escuridão. Quando se acende uma luz,
as trevas se vão. Não importa a densidade desta escuridão. E a resposta da
segunda pergunta é encontrada nas palavras de Jesus:
“Vós sois a luz do mundo;
não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a
candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que
estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam
as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” (Mt 5.14-16)
Como
são afastadas as trevas? Primeiramente, não se escondendo a luz; mas pondo-a
“sobre um monte”. E em segundo lugar, não se impondo limitações a ela; mas
colocando-a “no velador, e alumia a todos que se encontram na casa”. Os servos
estão para um mundo em trevas, assim como as estrelas estão para o céu noturno.
Foi essa analogia que inspirou certo escritor a escrever:
“Às
vezes penso como seria maravilhoso se os não-crentes ficassem curiosos para
saber o segredo da origem da nossa luz, e se aproximassem de nós recitando:
“Brilha, brilha, estrelinha! / Como eu gostaria de saber o que tu és!”
Constituímos
um estranhíssimo fenômeno para os que se acham em trevas. Eles não conseguem
entender-nos. E era exatamente essa a intenção de Jesus. Vejamos algumas
características distintivas da luz.
A
luz é muda. Não faz barulho; não faz alarde, nem levanta bandeiras – ela
simplesmente brilha. É com um farol a brilhar numa acidentada costa marinha. A
única coisa que faz é brilhar, em seu giro constante
A
luz indica a direção. Sem palavras e sem sermões. Jesus afirma que os outros
“vêem” nossas ações – mas não há referência ao fato de ouvirem nada.
A
luz atrai a atenção. Quando acendemos uma luz num aposento às escuras, não
precisamos pedir a ninguém para olhar para nós. É um gesto automático. Se você
é um crente numa equipe esportiva cheia de atletas não crentes, você constitui
uma luz em meio às trevas.
Se
você e sua família ao os únicos crentes em meio a um bairro de não crentes,
vocês são uma luz nas trevas. O mesmo acontece a quem é o único estudante
crente de sua escola, a única enfermeira crente de sua ala, ou o único
empregado crente de sua firma, ou o único vendedor de seu distrito. Essa pessoa
é uma luz nas trevas – um servo de Deus que está sendo observado, e que está
emitindo uma mensagem bem clara... muitas vezes sem dizer uma palavra sequer.
A
princípio, é possível que os outros detestem a luz – mas não nos preocupemos
com isto; mesmo assim eles se sentem atraídos por ela. Pois que ela brilhe! Não
procuremos exibir-nos, mostrando como é forte o nosso brilho. Apenas brilhemos!
O
Dr. Martyn Lloyd-Jones salienta esse aspecto:
“E
ao produzirmos e revelarmos luz em nossa vida diária, devemos lembrar que o
cristão não chama a atenção dos outros para si mesmo. O ego ficou em segundo
plano, subjugado pelas qualidades da pobreza de espírito, mansidão, e de outras
virtudes mais. Em outras palavras, temos que fazer tudo por amor a Deus e para
a sua glória. O eu tem que estar ausente, e deve ser totalmente esmagado, em
todas as suas sutilezas, por amor a Deus e para a sua glória. Deduzimos então
que temos de fazer essas coisas de modo a levar os homens a glorificar a Deus,
a gloriar-se nele e se dedicar a ele. ‘Assim brilhe também a vossa luz diante
dos homens, para vosso Pai que está nos céus.’ Sim; e vê-las de tal modo, que
eles próprios glorifiquem nosso Pai; temos que agir assim para que essas outras
pessoas possam glorificá-lo também.”
Que
grande lembrete para nós!
A
“aldeia” se encontra em tristes condições. Difíceis, corruptos e enganados,
aqueles que vivem nela estão levando uma existência insípida e desesperada.
Precisam de sal e de luz... os dois ingredientes que o servo de Deus
personaliza para eles.
Extraído
do livro Eu, um servo, Voce esta brincando, de Autoria de Charles Swildoll
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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