Em
geral, os dicionários definem o amor como um sentimento de ternura, afeição,
amizade, dedicação, afeto, paixão etc. Biologicamente, o amor é definido como
um sentimento de adesão a pessoas de sexo igual ou diferente, tendo como base a
simples atração sexual. Na concepção filosófica de Platão, o amor é o desejo de
se atingir ao belo, no sentido de perfeição.
Para
tentarmos responder a esta enigmática e corriqueira questão, faz-se mister
saber – primeiramente – o que não é amor. Vejamos:
O AMOR NÃO É
UM DOM
É
muito comum ouvirmos as pessoas definirem o amor como um dom: "o dom
supremo", "o dom perfeito", "o dom maior", "o dom
por excelência", "o dom do amor" etc. Todavia, será que
encontramos tais definições nas Escrituras? A resposta é um contundente NÃO! Em
toda a Bíblia não há sequer uma referência que defina o amor dessa forma. No
sentido de carisma, o amor jamais pode ser considerado um dom.
Dons
(do grego charismaton) são as aptidões ou capacidades distribuídas aos cristãos
mediante a ação poderosa do Espírito Santo, cuja finalidade é a edificação e o
aperfeiçoamento do corpo de Cristo, a igreja. Os dons são repartidos aos salvos
de modo diferenciado: "E ele mesmo
deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e
outros para pastores e doutores" (Ef. 4:11). / "Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for
útil" (1 Co. 12:7). Portanto, nem todos os cristãos têm os mesmos
dons; entretanto, todos, sem exceção, devem – obrigatoriamente – ter o amor.
Se
o amor fosse um dom, ele poderia ser distribuído de forma diferenciada para a
igreja. Contudo, a Bíblia afirma que "aquele
que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor" (1 Jo. 4:8).
Assim, eu poderia ter o dom de cura; a irmã "Maria", o dom de
línguas; o irmão "José", o dom de profecia; a irmã
"Josefa", o dom de interpretação; o irmão "João", o dom de
sabedoria etc. Ao contrário dos dons, porém, o amor é uma exigência
imprescindível para todos os que dizem amar a Cristo. Em outras palavras,
podemos ser cristãos sem termos todos os dons; no entanto, é praticamente
impossível sermos cristãos sem termos e vivermos o amor.
O AMOR NÃO É
UM MERO SENTIMENTO
Comumente
sentimos compaixão das pessoas carentes ou ficamos comovidos com o sofrimento
alheio; todavia, somos incapazes de realizar algo concreto em prol dessas
mesmas pessoas. Colocamos a culpa no governo, murmuramos contra a injustiça
social, maldizemos o capitalismo selvagem ou mesmo nos conformamos crendo
tratar-se da vontade de Deus, como se a sociedade fosse composta de castas.
Sobre isso, observe o que diz a Palavra de Deus: "E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de
mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e
fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito
virá daí?" (Tg. 2:15, 16).
O AMOR É MAIS
DO QUE FAZER CARIDADE
A
Bíblia afirma que: "E ainda que
distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que
entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me
aproveitaria" (1 Co. 13:3). Muitas pessoas fazem caridade por um
simples dever religioso, crendo que agindo dessa forma serão agraciadas por
Deus ou que serão iluminadas numa suposta "reencarnação". Porém, ao contrário
do verdadeiro amor, isto faz sobressair o egoísmo humano, que em tudo ver uma
oportunidade de lucrar.
O AMOR NÃO
SÃO APENAS PALAVRAS
Quantas
lindas palavras, soberbos adjetivos, já foram ditos ou escritos sobre o amor!
Nos poemas e na literatura de um modo geral, o amor é exaltado a ponto de ser
considerado uma entidade viva, uma espécie de deus ou semideus. E não é para
menos. Entre os antigos gregos e latinos, o amor (Eros e Cupido) eram deuses
que atormentavam ou tornavam cativos os corações. Mas o amor não significa
palavras. Absolutamente.
O SIGNIFICADO
DO VERDADEIRO AMOR
Em
seu livro, "A Psicologia da Felicidade", o Dr. Narramora conta o caso
de uma jovem que se considerava uma exímia poetisa, a qual tinha por objetivo
publicar um livro de poesias sobre o amor. Durante um bom tempo ela peregrinou
em busca de uma editora que se interessasse em publicar seu "maravilhoso
livro". Depois de muito procurar, ela conseguiu – finalmente – entrar em
contato com um editor. E, tão logo começou a entrevista, este perguntou-lhe: -
De que trata propriamente seu trabalho?
A
moça, com grande euforia, respondeu que se tratavam de composições poéticas, e
que gostaria muitos de vê-las publicadas. O editor então insistiu: - Mas,
poesia sobre o quê?
Ao
que ela, mais eufórica ainda, respondeu: - Tudo acerca do amor!
O
editor, um tanto desconfiado, indagou-lhe: - Diga-me, jovem, que é amor?
Parecia
o momento de fechar o negócio. Ela então elevou os olhos e, numa atitude de
profunda exaltação, suspirando, respondeu: - "O amor é inundar a alma com
os encantos da noite, quando os raios do luar beijam os lírios fragrantes a
desabrochar na sua beleza...".
Chega,
chega!!! – exclamou o editor. E continuando: - A senhorita está completamente
equivocada, redondamente enganada. Vou dizer-lhe o que realmente é amor: é
levantar-se bem-humorada, da cama, no meio da noite, para fazer bolsa d’água
quente para crianças doentes. Isso é que é o verdadeiro amor". E
finalizando: - Lamento, mas não será possível publicar seus poemas.
Eis
aqui a melhor definição para o amor: TUDO QUE FAZEMOS PARA O BEM DO PRÓXIMO É
AMOR, NÃO IMPORTA O QUE SEJA.
Jaime
Nunes Mendes
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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