Nós
precisamos de recalibrações regularmente. Você tem transporte para pegar;
negócios para conduzir; vendas para fechar; máquinas, organizações e orçamentos
para administrar. Você tem que correr.
Depois
de resistir à tentação do diabo no deserto e da dura rejeição de sua cidade
natal, Jesus viajou para Cafarnaum, onde os cidadãos lhe deram uma recepção
calorosa.
“Todos ficavam
maravilhados com o seu ensino” ( Lc. 4.32).
“E as notícias a
respeito de Jesus se espalharam por toda aquela região” (versículo 37
NTLH).
“Depois de anoitecer,
todos os que tinham amigos enfermos, com várias doenças, os levaram a Jesus.
Ele pôs as suas mãos sobre cada um deles e os curou”(versículo 40
NTLH).
Cristo
poderia querer mais? Multidões encantadas, crentes recém-curados e milhares que
irão para onde ele conduzir. Então Jesus...
Preparou
um movimento? Organizou uma equipe de comando? Mobilizou uma sociedade de ação
política?
Não.
Ele dispensou os especialistas em relações públicas colocando a multidão no
espelho retrovisor e mergulhando em uma vida na selva, um abrigo escondido, um
edifício vazio, um lugar deserto.
O
versículo 42 identifica o motivo: “as
multidões... insistiram que não as deixasse”.
Mais
de uma vez ele exerceu controle sobre a multidão.“Jesus viu a multidão em volta dele e mandou os discípulos irem para o
lado leste do lago” ( Mt.8.18 NTLH).
Quando
a multidão zombou do seu poder de ressuscitar uma menina, ele expulsou as
pessoas do local. “Logo que a
multidão saiu, Jesus entrou no quarto em que a menina estava, pegou-a pela mão,
e ela se levantou” (Mateus 9:25 NTLH).
Depois
de um dia de ensino, “Jesus deixou
a multidão e voltou para casa” (Mateus 13:36 NTLH).
Apesar
de estar rodeado por possivelmente vinte mil fãs, ele os despediu: “Então Jesus mandou o povo embora”(Mateus 15:39 NTLH).
Cristo
repetidamente escapava do barulho da multidão a fim de ouvir a voz de
Deus.
Ele
resistiu à contra corrente do povo ancorando à rocha do seu propósito: usando
sua singularidade (“pregar... noutras cidades também”) para demonstrar a
importância de Deus (“o reino de Deus) em todos os lugares que ele
pudesse.
E
você não está feliz por ele o ter feito? Suponha que ele tivesse atendido
à multidão e montado acampamento em Cafarnaum, raciocinando, “Eu achava
que o mundo todo fosse meu alvo e a cruz meu destino. Mas a cidade inteira me
diz para ficar em Cafarnaum. Podem todas estas pessoas estar erradas?”
Sim
elas podem! Em oposição à multidão, Jesus virou as costas ao pastorado em
Cafarnaum e seguiu a vontade de Deus. Fazer isto significava deixar alguns
doentes sem cura e alguns confusos sem ensino. Ele disse não às coisas boas
para que ele pudesse dizer sim à coisa certa: seu chamado sem igual.
Não
é uma escolha fácil para qualquer um. Pode
ser que Deus queira que você saia de sua Cafarnaum, mas você está ficando. Ou pode
ser que ele queira que você fique, mas você está saindo. Como você pode saber a
menos que você silencie a multidão e se encontre com Jesus em um lugar
deserto?
“Deserto”
não necessariamente significa desolado, apenas quieto. Simplesmente um lugar para
o qual você, como Jesus, vai. “Ao
romper do dia, Jesus foi” (Lc 4.42). “Ir” pressupõe uma decisão da
parte de Jesus. “Eu preciso ir embora. Pensar. Refletir. Remapear o meu
curso”. Ele determinava o tempo, escolhia um lugar. Com determinação, ele
apertava o botão de pausa na sua vida.
O
diabo implanta taxímetros nos nossos cérebros. Nós ouvimos o implacável tic,
tic, tic nos dizendo para correr, correr, correr, tempo é dinheiro...
culminando neste borrão que ruge chamado raça humana.
Mas
Jesus ficava contra a maré, contrariando com estas palavras: “Venham a mim, todos os que estão cansados
e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso” (Mt. 11.28). Siga o
exemplo de Jesus, que “retirava-se
para lugares solitários, e orava” (Lc. 5.16).
Deus
descansou depois de seis dias de trabalho e o mundo não entrou em colapso. O
que nos faz pensar que isso acontecerá se nós descansarmos? (Ou temos medo de
que isso não aconteça?)
Siga
Jesus para o deserto. Mil e uma vozes gritarão como macacos em bananeiras
dizendo para você não ir. Ignore-as. Atenda-o. Deixe seu trabalho. Contemple o
dele. Aceite o convite do seu Criador: “Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco” (Nc.
6.31).
Max
Lucado
Por
Litrazini
Graça e
Paz
Nenhum comentário:
Postar um comentário