Desde o Jardim do Éden até o jardim do paraíso celestial, o sangue do sacrifício é o testemunho constante da graça de Deus. A história da criação do homem constitui o marco inicial do papel da aliança de sangue no plano divino para a humanidade “E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles e os vestiu” (Gn.3.21). Ao fazer o aquele sacrifício, Deus cobriu Adão e Eva com o sangue de um animal, no sacrifício final, ele cobriu a nós todos com o sangue do seu Filho Unigênito. Animais inocentes foram sacrificados a fim de que se providenciasse vestimentas de peles como cobertura para Adão e Eva. Eles tentaram cobrir-se por suas próprias forças ao coserem folhas da figueira, todavia Deus providenciou a cobertura por meio de um sacrifício.
Assim também devemos ser revestidos de Cristo e não com as nossas próprias obras.
A Bíblia diz: “É o sangue que fará expiação em virtude da vida” (Lv. 17.11). O termo expiação, significa cobrir, este seria o motivo de Deus ter derramado sangue para vesti-los. Quando Adão e Eva pecaram, perderam a comunhão íntima que gozavam com Deus. Mas através da aliança de sangue, Deus declarava que os pecados deles tinham sido expiados. E um dia, pelo sangue, voltariam a ter comunhão e gozo espiritual.
De adão à Cristo, vemos inúmeras narrativas de alianças de sangue celebradas entre Deus e seu povo.
Noé - O primeiro ato de Noé, ao sair da arca, foi fazer uma aliança de sangue com Deus. “E edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar” (Gn.8.20).
O uso dos termos pacto, concerto ou aliança apareceu pela primeira vez na interação entre Deus e Noé. (Gn.6.18 e 9.9) e, se acha vinculado e estabelecido pela oferta sacrificial após o dilúvio.
Abraão – E a Abraão, Deus disse o seguinte: “Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado” (Gn.17.10)
O fato desta cerimônia ser praticada no órgão reprodutor masculino tinha um significado duplo. O ato de cortar o prepúcio falava em cortar a dependência carnal e a sua esperança pela posteridade e prosperidade futuras não deveriam ficar sobre suas próprias habilidades. A circuncisão era uma afirmação de que a confiança estava sendo depositada na promessa de Deus e na sua fidelidade e, não em sua própria natureza carnal.
Moisés – Ao ler êxodo 12.7,12,13 e 23, Constatamos que o sacrifício era um meio de libertação, oferta pelo pecado e ato de consagração e conseqüente proteção divina.. Moisés reuniu todo o povo e fez um holocausto com novilhos. “Então tomou Moisés aquele sangue e o aspergiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor fez convosco a respeito de todas estas palavras”. (Ex.24.8).
Quando aspergidos, estamos totalmente sob a proteção do sangue de Cristo, contra todos os poderes destruidores de Satanás. Quando as tropas dele vêem o sangue de Cristo no umbral da nossa porta, elas passam por nós sem tocar - porque não podem tocar alguém aspergido com o sangue de Cristo! Então, veja, a preciosidade do sangue tem muito mais do que perdão
Uma das mais importantes aspersões de sangue era feita pelo sumo sacerdote. Uma vez por ano ele entrava no Santo dos Santos para fazer expiação, que significa "reconciliação." Este procedimento pretendia limpar os pecados do povo, e assim eles podiam ser reconciliados e ter comunhão outra vez com o Pai celestial.:"Tomará o sangue do novilho e, com o dedo, o aspergirá sobre a frente do propiciatório; e diante do propiciatório, aspergirá sete vezes do sangue, com o dedo." (Lv.16:14)
Quando o sangue era aspergido no assento de Deus, se consumava a remissão de todos os pecados, todos os pecados do passado eram cobertos. Quando o sumo sacerdote saía, o povo sabia que Deus aceitara o sacrifício, e que seus pecados haviam sido perdoados
Jesus levou Seu próprio sangue para o verdadeiro propiciatório - à presença de Deus, o Santo dos Santos - e ofertou-o para a remissão de todos os pecados, de todos os crentes, de todos os tempos. Esta foi a aspersão final! A respeito deste ato as escrituras dizem: "Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção."(Hb.9:12).
A aliança com Moisés, através de sacrifícios de animais, trazia alívio temporário, tinha que ser repetidos anualmente, entretanto, o derramamento do sangue de Jesus forneceu um sacrifício permanente.
Ao aplicar o seu sangue no altar divino, Jesus obteve redenção dos pecados a todos que o recebem através da nova e última aliança.
Lidiomar T. Granatti
Graça e Paz
Nenhum comentário:
Postar um comentário