“Então Ló escolheu para si
toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se um do
outro. Habitou Abrão na terra de Canaã e Ló habitou nas cidades da campina, e
armou as suas tendas até Sodoma” (Gênesis 13.11-12).
Todos os dias somos desafiados através de várias circunstâncias e
situações a tomarmos decisões e a fazermos escolhas. Neste texto, Abrão, para
evitar maiores problemas e confusões entre os seus servos e os servos de seu
sobrinho Ló, decidiu por se separar de Ló. Ló decidiu escolher viver nas
campinas de Sodoma e Gomorra e Abrão decidiu habitar na terra de Canaã. Vejamos
em que foram baseadas as suas decisões e ao que elas os conduziram.
Ló fez uma
escolha baseada nas aparências.
Ló não orou, não buscou a direção de Deus e baseou sua escolha somente
em sua visão humana. Deixou-se levar pelo encantamento dos olhos, pela cobiça
humana e foi acampar nas campinas das cidades pagãs de Sodoma e Gomorra.
Lembremo-nos dos ditados populares: “Nem tudo que reluz é ouro”; e “Quem vê
cara não vê coração”. As campinas dessas cidades eram excelentes, porém, elas
representam as fronteiras e a proximidade com o mundo.
A Bíblia nos diz: “Não ameis o
mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está
nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo”
(1ª João 2.15-16).
Uma escolha
baseada no egoísmo.
Nem sempre o caminho mais fácil é o melhor. Poucas pessoas querem pagar
o preço. São poucos que estão dispostas ao sacrifício. O ser humano
naturalmente é egoísta e são poucas pessoas que são altruístas. Querem o mais
fácil e se esquecem que nem sempre o caminho mais fácil é o caminho melhor. E Jesus chamando a si a multidão, com os
seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si
mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Mc 8.34).
Uma escolha
baseada no próprio conhecimento.
O desconhecido requer dependência de Deus. Neste caso em questão,
escolher o desconhecido significa abrir mão de tomar as próprias decisões e
seguir a orientação divina. O desconhecido requer muita intimidade com Deus
através da oração e da meditação constante na Palavra de Deus; e desconhecido,
no caso, e seguir pela fé os conselhos da palavra dada por Deus. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas
que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11.1).
Abrão fez uma
escolha baseada no altruísmo.
Abrão preferiu sofrer o dano a deixar que a contenda entre os seus
servos e os servos de Ló criasse uma situação insustentável entre ele e seu
sobrinho Ló, ao qual amava e que queria muito bem.
“O amor é sofredor, é
benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se
ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se
irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
tudo sofre; tudo crê; tudo espera; tudo suporta” (1ª Coríntios 13.4-7).
Ele, também, não fez valer seus direitos de tio ou o seu privilégio de
ser o líder. Sabia que Deus o havia chamado, havia uma promessa para sua vida e
ele ao invés de fazer prevalecer seus direitos, preferiu esperar em Deus. “Porque desde a antiguidade não se ouviu,
nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que
trabalha para aquele que nele espera” (Isaías 64.4).
Uma escolha de fé
com base na palavra de Deus.
Abrão foi habitar na terra de Canaã, a terra da promessa, o centro da
vontade de Deus. Deus o havia chamado e o Senhor seria quem o conduziria e não
suas próprias escolhas.“Ora, o SENHOR
disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para
a terra que eu te mostrarei” (Gn 12.1
Uma escolha
baseada no conhecimento de Deus.
Abrão conheceu a Deus no seu dia a dia; de andar com Ele lado a lado;
conversar com Ele; crer nas Suas promessas e seguir Suas orientações. “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao
SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como
chuva serôdia que rega a terra” (Oséias 6:3).
Lembremo-nos que
as nossas escolhas e nossas decisões determinarão qual será nosso fim. Uma boa
escolha determinará um bom futuro; uma má escolha acabará determinando num mau
futuro. Como a Sua Palavra nos diz:
“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer;
porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na
sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do
Espírito ceifará a vida eterna” (Gálatas 6.7-8).
Aonde a escolha
de Ló o levou?
A ser capturado e escravizado junto com os habitantes de Sodoma e
Gomorra (Gênesis 14.12). A envolver sua família com os habitantes pecadores, e
pervertidos de Sodoma e Gomorra (Gênesis 19). A perder sua mulher. “A mulher de
Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal” (Gênesis 19.26). Pois
ela amava mais o mundo (as cidades de Sodoma e Gomorra) do que a salvação
oferecida por Deus através dos anjos (Gênesis 19.29-30). A cometer incesto com
suas duas filhas (Gênesis 19.30-36). A gerar deste ato de incesto, duas nações
ímpias e inimigas de Israel: Os moabitas e os amonitas (Gênesis 19.37-38).
Aonde a escolha
de Abrão o levou?
Obedecer a Deus pela fé ao ser chamado, indo para um lugar que havia de
receber por herança (Gênesis 12.1-2). Receber divina provisão e bênção
tornando-se um homem muito rico e poderoso (Gênesis 12.10-20; 13.2). Libertar a
Ló que havia sido levado cativo (Gênesis 14.12-17).Interceder pelas cidades de
Sodoma e Gomorra e através de sua intercessão salvar a Ló e suas duas filhas
(Gênesis 18.23-33 e 19.29-30). Habitar na terra da promessa com Sara, Isaque e
Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa (Gênesis 12.8 e 13.3, 12 e
18).Receber a virtude e privilégio de ser pai, sua esposa concebeu a Isaque,
deu à luz já fora da idade (Gênesis 21.1-8).obedecer e oferecer Isaque, quando
foi provado (Gênesis 22.1-14).Gerar uma grande nação (Gênesis 22.17).Ser uma bênção
para todas as famílias da terra (Gênesis 22.18). Ser considerado pai da fé de
todos os que crêem (Romanos 4.16).
Pr. Silvio Correa Coelho
Por Litrazini
Graça e Paz
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