A
palavra evangelista significa mensageiro de boas novas, e era o nome de uma
ordem de homens da Igreja Primitiva, distinta dos apóstolos, profetas, pastores
e mestres. Conforme indica o seu nome, exerciam função especial que era de
anunciar as Boas Novas do Evangelho. Como não pastoreavam igrejas locais
estavam em condição de ir de lugar em lugar pregando cristo a todos, como um
poderoso ministério, acompanhado da operação de sinais, conforme se lê em
Marcos 16.15-20.
Filipe
foi sem duvida um dos mais destacados evangelistas aos quais o Novo Testamento
faz referência. Por seu intermédio o eunuco etíope foi conduzido a Cristo e
batizado. Graças ao ministério desse abnegado evangelista, muitos samaritanos
foram conduzidos ao conhecimento de Deus e à Salvação. E é na qualidade
de evangelista que Filipe é encontrado na estrada entre Jerusalém e Gaza (At
8.26), nas cidades ao norte de Azoto (At 8.40), na cidade de Cesaréia ( At
21.8). Ele fora antes um dos sete primeiros diáconos da Igreja (At 6.5).
O
ministério de evangelista podia ser exercido cumulativamente com outros ministérios,
como aconteceu com o apóstolo Paulo, segundo a soberana vontade de Deus
(At 13.1; 1 Tm 2.7).
HÁ EVANGELISTAS AINDA HOJE?
O
ministério de evangelista continua em evidência, hoje. Nomes de grandes
evangelistas como Moody, Wesley, Spurgeon, e tantos outros poderosos e
conhecidos homens de Deus que ilustram a História da Igreja dos tempos
modernos, é uma prova mais que evidente da existência do ministério de
evangelista na Igreja de Hoje.
CARACTERÍSTICAS DE UM
EVANGELISTA
Um
evangelista no verdadeiro sentido da palavra deve ter as seguintes qualidades:
AMOR PELAS ALMAS A PONTO DE
BUSCÁ-LAS UMA A UMA.
A palavra evangelista tem estado tão associada aos pregadores de grandes
multidões, que aqueles que tem tido este privilégio, correm o sério risco de
centralizar o seu ministério e o amor nas multidões, esquecendo-se dos
indivíduos que as compõe. Porém, Jesus, o evangelista ímpar de toda a História
da Igreja, nos deu exemplo diferente: ele amou as almas uma a uma. Não
importando o tamanho das multidões à quais falava, Ele as encarava como se
estivesse falando a um indivíduo. O maior sermão evangelístico de toda a Bíblia
(Jo 3), foi proferido diante de uma só pessoa, Nicodemos.
Qualquer
evangelista será indigno do ministério que tem se não for capaz de amar as
almas uma a uma, de sorte que seja constrangido pelo senhor a conduzi-las a
Cristo de forma individual.
É CHAMADO POR DEUS. O ministério não é nenhuma
aventura à qual devemos nos lançar sem um propósito definido. Acima de qualquer
outro sentimento, deve prevalecer a certeza da chamada divina.
CRÊ NA EFICÁCIA DO EVANGELHO. O evangelho é a arma do
evangelista. Um evangelista sem Evangelho é um soldado sem arma. Segundo Paulo,
o Evangelho “… é o poder de Deus
para a Salvação de todo aquele que crê…” (Rm 1.16).
O
Evangelho é o selo que pateteia o começo, o meio e o fim do autêntico
evangelista. Tire-se o Evangelho da boca de Paulo e ele não será mais que um
fariseu melhorado. Tire-se o Evangelho da boca do evangelista e o que ele disse
terá cheiro de morte para morte. É através do evangelista que a palavra de Deus
adquire expressão, constituindo-se em agente de benção para o mundo.
RECEBE SUA MENSAGEM DE DEUS. A mensagem do evangelista
deve emanar da sua comunhão com Deus através da oração e do manuseio diário da
Bíblia Sagrada. Muitos, porém, estão pregando inspirados em manchetes de
jornais, revistas, noticias do rádio, TV e internet. Queremos dizer que estes
não são os meios normais pelos quais Deus fala e inspira seus mensageiros.
Paulo disse: por que eu recebi do Senhor
o que também vos entreguei…” (1 Co 11.23). Que está seja a afirmação
sincera de todo evangelista autenticamente chamado por Deus.
EMPENHA-SE POR ALCANÇAR
RESULTADOS.
D. L. Moody, o famoso evangelista leigo americano que viveu no final do século
XIX, costumava, no final da mensagem dizer aos ouvintes que fossem para casa
meditando no que acabavam de ouvir, e, se desejassem aceitar Jesus, que
voltassem a procurá-lo no culto da noite seguinte. Certa noite, após pregar na
cidade de Chicago, terminando o culto ele fez esta recomendação. Aconteceu que
naquela mesma noite a cidade de Chicago foi semi-destruída por um grande
incêndio, quando milhares de pessoas morreram, entre as quais muitas daquelas
que haviam ouvido Moody pregar no último culto. Sentindo-se responsável pelo
destino eterno destas pessoas, Moody, passou a nunca concluir uma mensagem sem
fazer um apelo chamando seus ouvintes ao arrependimento.
O
evangelista deve lembrar que, quando está pregando, está trabalhando com as
pessoas que possuem uma alma eterna; e, levá-las a Cristo, é sem duvida o maior
resultado que ele pode auferir do seu trabalho.
Há
de chegar o dia quando os nomes de políticos, atletas e inventores famosos já
não serão mencionados nem lembrados, mas “Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento
e os que a muitos conduzirem à Justiça como as estrelas, sempre e eternamente.” (Dn
12.3)
Referências
bibliográficas:
Curso
de Liderança Ministerial e Evangelística – Igreja Adorai em Redenção – São
Paulo/SP
Curso
de Liderança Ministerial e Evangelística – Ministério Ômega – São Paulo/SP
EETAD
– Teologia do Obreiro
Adenilton
Turquete
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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