No início do período chamado “quaresma”
ocorre um fato importante. Nos dias que precedem esse período há uma festa
chamada Carnaval. Nela as pessoas se embriagam, usam máscaras e praticam todos
os tipos de imoralidades. Terminado o carnaval, na “quarta-feira de cinzas, vão
a Igreja e o padre coloca um pouco de cinza na testa de cada um, declarando
perdoados os pecados prazerosamente cometidos. Isso é bíblico?
Não. Não é bíblico. Primeiro porque a
Bíblia declara que homem algum
pode perdoar pecados. Esse é um atributo exclusivo de Deus. “E Jesus,
vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão
os teus pecados. E estavam ali assentados alguns
dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo: Por
que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? E
Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si,
lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações?
Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou
dizer-lhe: Levanta te, e toma o teu leito, e anda? Ora, para que saibais
que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados, disse ao
paralítico: a ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para
tua casa” (Marcos 2.5-11).
Nem o apóstolo Pedro podia perdoar pecados,
embora seja tido como o primeiro papa. “E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o
Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse
poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. Mas
disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o
dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra,
porque o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua
iniquidade, e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do
teu coração, pois vejo que estás em fel de amargura, e em laço de iniquidade” (Atos
8.18-23).
Como vemos, Pedro aconselhou Simão a rogar
a Deus para que seu pecado fosse perdoado. É o que ensina a Bíblia: “Confessei-te o meu pecado, e a minha
maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e
tu perdoaste a maldade do meu pecado“ (Salmo 32.4).
Em segundo lugar, porque essa ato de
penitência, colocando cinzas na testa, não revela realmente um arrependimento
sincero, dado que cada ano se repetem os mesmos pecados cometidos durante o
carnaval. Jesus falou acerca de pessoas que servem a Deus apenas na aparência,
mas cujos corações estão afastados dele. “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os
seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em
vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” (Mateus
15.8-9).
É verdade que a Bíblia fala do uso de
cinzas quando se cometia pecado contra Deus, mas havia abandono do pecado. Um
exemplo é o povo de Nínive, a quem o profeta Jonas foi pregar (Jonas 3.2-10).
Pr. Natanael Rinaldi
Por Litrazini
Graça e Paz
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